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Estado de Minas REAJUSTE DA PETROBRAS

Pre�o do litro de gasolina j� passa de R$ 6 nos postos de BH

Popula��o sente efeitos do aumento do pre�o nas refinarias anunciado pela estatal, o primeiro depois que o general Joaquim Silva e Luna assumiu a presid�ncia


06/07/2021 10:52 - atualizado 06/07/2021 13:03

Preço da gasolina passou de R$ 6 nos postos da região Centro-Sul(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Pre�o da gasolina passou de R$ 6 nos postos da regi�o Centro-Sul (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Um dia depois do an�ncio do aumento do pre�o nas refinarias da gasolina, do diesel e do g�s de cozinha anunciado pela Petrobras, o consumidor de Belo Horizonte j� sente os efeitos no bolso.

Nas primeiras horas da manh� desta ter�a-feira (06/7), alguns postos da regi�o Centro-Sul j� vendiam o litro de gasolina acima de R$ 6. Por sua vez, o pre�o do diesel chegou pr�ximo de R$ 5 em alguns estabelecimentos.
 
O reajuste se deve a mais uma alta do valor do barril de petr�leo no mercado internacional. A gasolina teve aumento de 6,3% ( foi o oitavo desde o in�cio do ano), enquanto o pre�o do diesel cresceu 3,7%. Por sua vez, o g�s de cozinha teve acr�scimo de 5,9% nas refinarias – o produto teve reajuste pela 15ª vez em 2021. 

O aumento foi o primeiro desde a mudan�a na comando da Petrobras. O general Joaquim Silva e Luna assumiu a estatal em abril no lugar de Roberto Castello Branco, destitu�do do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro.

Na vis�o do economista Andr� Braz, da Funda��o Get�lio Vargas, o novo reajuste se deve ao fato de a Petrobras ter como pr�tica moldar o pre�o dos combust�veis com o padr�o internacional: “O aumento n�o pesa tanto nos efeitos da crise na nossa economia e sim no barril de petr�leo, na nossa moeda em rela��o � desvaloriza��o ao d�lar e tamb�m � defasagem que existe do pre�o nacional para o internacional. A Petrobras avalia essas vari�veis sem levar em conta que o aumento de combust�veis pode dificultar a atividade econ�mica. Existe uma regra que � manter o pre�o bem correlacionado com o pre�o internacional e maior parte dos ajustes nos �ltimos 12 meses foram por aumento de pre�os”. 

De acordo com o economista, a interven��o do governo federal vai praticamente dobrar a infla��o prevista para o m�s de julho: “Sem o impacto da energia el�trica e dos combust�veis, ter�amos infla��o de 0,5%, que j� � alta para o m�s. Agora, ela pode se aproximar de 1% ao m�s. Ser� uma bela acelera��o por causa da energia el�trica, da gasolina, do GLT e do diesel. Todos aumentaram de pre�o por causa das decis�es do governo”.

Coordenador do site de pesquisa Mercado Mineiro, Feliciano Abreu disse que o aumento j� praticado nos postos nesta ter�a-feira � injusto, pelo fato de que o an�ncio da Petrobras � recente: “Quando vemos um aumento dos combust�veis em sequ�ncia no momento em que vivemos, de extrema dificuldade para o consumidor, isso afeta o dono do posto e o consumidor final. O posto n�o vai lucrar mais em virtude dos aumentos. O que o consumidor reclama, com raz�o, � que hoje j� existe aumento, sendo que o an�ncio foi feito no dia anterior". 

Para os economistas, com a gasolina em alta, ficar� mais em conta abastecer o carro com �lcool. J� o aumento do pre�o do diesel vai interferir nos transportes, o que tamb�m pode acarretar em um produto final mais caro para o consumidor final. 

“A popula��o est� mais sens�vel e com medo. O aumento de combust�vel n�o ocorre somente quando se abastece. Ele tamb�m � sentido quando voc� compra um produto no supermercado, sacol�o e a�ougue, porque todos eles s�o transportados”, acrescenta Feliciano.

O �ltimo levantamento feito pelo Mercado Mineiro mostrou pequena varia��o dos pre�os de gasolina, etanol e diesel entre junho e julho. A m�dia da gasolina no atual m�s nos postos da capital era de R$ 5,80, com queda de 0,11% em rela��o ao m�s anterior. O etanol teve queda de 1,58% no levantamento de julho (pre�o m�dio de R$ 4,31), enquanto o diesel ficou praticamente est�vel (queda de 0,04%), com pre�o m�dio de R$ 4,63.

A mudan�a de pre�os n�o agradou ao Sindicato do Com�rcio Varejista de Derivados de Petr�leo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro). O presidente Carlos Guimar�es considera que a categorias tamb�m ter� dificuldades para sobreviver. “Apesar da pandemia e da crise econ�mica, teremos mais aumentos. O consumidor sempre reclama com o dono do posto que o combust�vel est� caro, mas � preciso destacar que para n�s os aumentos tamb�m s�o muito ruins. Cada aumento significa que precisamos de mais capital de giro para ter estoque
com cart�o de cr�dito e as vendas caem muito”.
 
Consumidores por enquanto não sentiram efeito do reajuste do gás de cozinha(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Consumidores por enquanto n�o sentiram efeito do reajuste do g�s de cozinha (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
 

Sem mudan�a no g�s

 
Diferentemente da gasolina, o reajuste do g�s de cozinha n�o foi sentido de imediato pelos consumidores. Mas � prov�vel que o pre�o do botij�o de 13kg esteja pr�ximo dos R$ 100 nas principais distribuidoras da capital mineira.
 
O professor Edmilson Ferreira, de 45 anos, disse que comprou o produto no Santa Efig�nia por R$ 86, o mesmo pago na �ltima vez, j� que foi bem cedo ao estabelecimento. Apesar disso, ele se preocupa com os rumos da economia: “Nesse contexto de pandemia, com tanta gente perdendo empregos, � muito complicado. Nosso futuro � nebuloso. J� �ramos um pa�s em crise e agora tudo fica pior. Tenho pressentimento ruim de que agora a crise come�ar� de fato”.


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