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Estado de Minas ECONOMIA

Ita�: proje��o de 5,5% para o PIB 2021 � alta, mas n�o desafiadora, diz Mesquita


06/07/2021 13:50

O economista-chefe do Ita� Unibanco, M�rio Mesquita, afirmou que a proje��o atual do banco para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, de 5,50%, � alta, mas n�o desafiadora, j� que o carrego estat�stico deixado pelo resultado do primeiro trimestre (1,20%) � de 4,90%.

Segundo o economista, a perspectiva � de normaliza��o da economia no quarto trimestre, com a retomada do setor de servi�os permitida pelo avan�o da vacina��o. Mas esse cen�rio n�o conta com uma terceira onda forte da pandemia provocado pela variante delta.

Mesquita afirmou que a variante que surgiu na �ndia tem trazido incerteza aos mercados globais, pois parece "escapar" mais das vacinas, que, por sua vez, continuam eficazes para prevenir casos mais graves e hospitaliza��es por covid-19. "A taxa r, a taxa de reprodu��o da covid, mundial estava abaixo de 1 e voltou a subir, sinalizando expans�o da doen�a", explicou, em participa��o em "live" do jornal Valor Econ�mico nesta ter�a-feira, 6.

O economista tamb�m avaliou que h� recupera��o no mercado formal de trabalho, mas ela est� incompleta, com 4 milh�es de empregos a menos frente ao pr�-crise.

Para o PIB de 2022, o Ita� projeta alta de 1,80%. Segundo Mesquita, a redu��o do ritmo de crescimento deve ser provocada pela alta de juros, pelo menor est�mulo fiscal, mesmo com a expans�o do Bolsa Fam�lia, pela desacelera��o da economia mundial, e, assim, de pre�os de commodities. Mas avalia que o risco de alta seriam um cen�rio de sustenta��o maior de pre�os de commodities.

D�lar

Ap�s avaliar que o mercado tem reagido com exagero ao risco pol�tico, motivado por acusa��es de desvios e superfaturamento de vacinas que colocam o governo no centro da CPI da Covid, M�rio Mesquita, considerou hoje que o valor justo do d�lar est� entre R$ 4,50 e R$ 5,00.

Na expectativa de a alta da taxa b�sica de juros (Selic) - com a possibilidade de aumento de 1 ponto porcentual j� na pr�xima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) se apresentando "bem viva" - prevale�a, junto com o ciclo favor�vel das commodities, sobre os "ru�dos pol�ticos", Mesquita refor�ou a vis�o do banco que aponta a um d�lar em R$ 4,75 no fim deste ano.

Durante participa��o da "live", ele ponderou, no entanto, que o c�mbio deve voltar a ficar acima R$ 5,00 no ano que vem em raz�o da redu��o dos est�mulos monet�rios nos Estados Unidos. A expectativa, disse, � de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) diminuir a inje��o de liquidez via compra de t�tulos em 2022 e voltar a subir os juros entre o fim do ano que vem e in�cio de 2023.

Os t�tulos do tesouro americano com vencimento em dez anos devem ir, assim, para a faixa de 2,5% a 3% no fim de 2022, o que n�o ser�, no entanto, necessariamente ruim para pa�ses emergentes, avaliou o economista.

Ao tratar do risco de racionamento de energia no Brasil, o economista-chefe do Ita� avaliou que este � um debate frequente em ciclos de atividade aquecida por o sistema tarif�rio n�o funcionar, na avalia��o dele, de forma ideal. "Os pre�os de energia devem subir estruturalmente no Brasil", observou.

Mesquita tamb�m considerou durante a "live" que, apesar da melhora sobre a percep��o do risco fiscal, o problema do desequil�brio das contas p�blicas segue presente. Nas contas do Ita� Unibanco, a d�vida p�blica, dos quase 90% como propor��o do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, deve ir para cerca de 82% neste ano, mantendo-se perto deste n�vel em 2022.

"Ainda � um patamar muito alto. D�vida em 80% do PIB n�o � um patamar confort�vel, especialmente para um pa�s emergente. O problema fiscal segue com a gente", comentou Mesquita, citando que as discuss�es pol�ticas em torno do teto dos gastos do governo suscitam preocupa��es diante da situa��o fiscal considerada "prec�ria".


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