O Rio Paraguai, que drena a Bacia do Alto Paraguai e o bioma Pantanal, vem apresentando valores de n�vel d��gua significativamente abaixo da m�dia, pelo segundo ano consecutivo. Com tend�ncia de decl�nio de seu n�vel at� o m�s de outubro, quando normalmente termina o processo de vazante, o Rio Paraguai preocupa em todas as esta��es monitoradas pelo Servi�o Geol�gico do Brasil (SGB). "O comportamento dos rios na bacia vem confirmando o progn�stico divulgado pelo �rg�o desde o in�cio de junho, quando ficou claro que o processo de vazante havia iniciado antecipadamente em 2021", informa SGB, em comunicado.
A bacia do Rio Paraguai abrange uma das maiores extens�es de �reas alagadas do planeta: o Pantanal. Conforme explica o SGB, o per�odo de estiagem tem implica��es para navega��o no rio Paraguai, hidrovia por onde escoa principalmente produ��o de gr�os e min�rios para exporta��o. Desde o dia 1� de junho, na esta��o do munic�pio de Lad�rio (MS), o n�vel j� atingiu 1,50 m, que � considerado o limite de restri��o para navega��o pela Marinha do Brasil. Atualmente, o Rio Paraguai est� com apenas 1,34 m em Lad�rio e ser� o terceiro ano consecutivo em que o Pantanal n�o apresenta a habitual cheia, condi��o em que o n�vel d��gua supera os 4 metros no munic�pio.
J� na Esta��o de C�ceres (MT), de acordo com o mais recente Boletim de Monitoramento Hidrol�gico da bacia, publicado pelo SGB, o n�vel d��gua registrado est� atingindo os menores valores m�nimos j� observados para este per�odo do ano, considerando toda sua s�rie hist�rica de dados (com registros desde 1965). O n�vel atualizado encontra-se em 78 cm.
O pesquisador em Geoci�ncias Marcus Suassuna destaca na nota que a previs�o para a cota m�nima ao fim do per�odo seco � que o Rio Paraguai oscile pr�ximo ao n�vel de -40 cm em Lad�rio. A estimativa � a mesma do in�cio de junho e essa redu��o de mais de 1 metro deve ser observada em torno do dia 20 de outubro. O estudo estat�stico considera as vazantes mais pr�ximas a que est� sendo observada neste ano, explica o SGB.
Outro problema que ronda a regi�o � o abastecimento de �gua. Alguns munic�pios est�o planejando capta��o de �gua alternativa com o uso de bombas m�veis. As queimadas tamb�m preocupam. Com base no progn�stico de vazante extrema, o governo de Mato Grosso do Sul decretou em junho emerg�ncia ambiental por 180 dias, com objetivo de prevenir a propaga��o de inc�ndios em �reas que historicamente deveriam permanecer alagadas.
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