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Estado de Minas ECONOMIA

Com altas de at� 17%, pre�os de carne e ovos v�o bater de novo infla��o em 2021


16/07/2021 13:00

Com a renda comprimida e o desemprego em alta, ter carne vermelha no prato pesar� cada vez mais no bolso dos brasileiros. E o cen�rio n�o ser� diferente se a alternativa escolhida for o frango, os ovos ou a carne de porco. Especialistas projetam que a infla��o para as prote�nas vai superar a marca de 10% este ano, ap�s j� ter disparado em 2020. O aumento previsto para 2021 est� bem acima da estimativa para a infla��o oficial (IPCA), de 5,9%.

De acordo com a consultoria LCA, a maior alta neste ano continuar� sendo no pre�o da carne de boi (17,6%), seguida da de porco (15,1%) e de frango (11,8%). Alternativa �s carnes, o valor do ovo de galinha tamb�m deve subir (7,6%). J� a Associa��o Brasileira de Supermercados (Abras) prev� um aumento nos pre�os do frango entre 10% e 15% j� no fim de julho e in�cio de agosto.

Essas previs�es chegam num momento de queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que j� reclamou em p�blico do reajuste dos pre�os da carne, do arroz, do g�s de cozinha e dos combust�veis.

Segundo o presidente da Associa��o Brasileira de Prote�na Animal (ABPA), Ricardo Santin, as raz�es para o aumento da carne bovina diferem dos motivos para as outras prote�nas. Enquanto os produtores de gado tiveram redu��o na produ��o e maior exporta��o, a culpa pelo pre�o maior do frango, do porco e dos ovos recai sobre os insumos para a cria��o dos animais.

De acordo com dados da Embrapa, os custos de produ��o em geral subiram 52,30%, para o frango, e 47,53%, para os su�nos, nos �ltimos 12 meses. Mat�rias-primas para a ra��o, o milho teve alta de pre�os de 68,8% em 2020, enquanto a soja ficou 79,4% mais cara no atacado. As proje��es para 2021 s�o de aumento de 39,8%, para o milho, e de 7,2%, para a soja.

Os produtores alegam que a �nica sa�da � o repasse dos custos para os pre�os ao longo da cadeia, at� chegar �s g�ndolas dos supermercados. Santin explica que, at� agora, os frangos comercializados na ponta foram criados, por exemplo, com o milho vendido a R$ 50 a saca - valor que disparou para R$ 90 nos �ltimos meses.

"H� um prazo de produ��o at� chegar �s prateleiras, agora que est�o come�ando a chegar os frangos que est�o comendo o milho mais caro. As empresas ter�o de repassar o pre�o ou, ent�o, quebram", completou.

De acordo com o vice-presidente da Associa��o Brasileira de Supermercados (Abras), M�rcio Milan, em junho de 2020 as fam�lias gastavam em m�dia R$ 36,62 por m�s com o consumo de frango. Com o aumento do pre�o do produto e a substitui��o da carne bovina, o gasto passou para R$ 43,95 no m�s passado.

"H� uma tend�ncia de alta daqui para frente, mas esse aumento para chegar � ponta vai depender dos n�veis de estoque de cada empresa. Os supermercados v�o negociar exaustivamente os pre�os. Quando n�o conseguirem negociar mais, v�o repassar para o consumidor", afirma.

Substitui��o

Com o or�amento pressionado pela alta de pre�os dos alimentos, combust�veis e energia el�trica, entre outros itens, muitos brasileiros t�m alterado a lista de compras. O pesquisador Thiago Bernardino de Carvalho, do Centro de Estudos Avan�ados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de S�o Paulo (USP), afirma que os cortes bovinos, mais caros, s�o trocados pela carne su�na e pelo frango. No fim da cadeia de trocas, est� o ovo de galinha. "O ovo � o destaque, porque � mais barato, s� que a demanda est� mais aquecida, e o custo de produ��o tamb�m subiu", completa.

Milan, da Abras, aconselha que os consumidores reforcem as pesquisas de pre�o e fa�am substitui��es, quando for poss�vel. "Al�m disso, recomendamos comprar a quantidade necess�ria, n�o fazer estoque, porque, se todo mundo sair comprando, aumenta a demanda, e o pre�o sobe ainda mais."

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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