J�nia Bandeira deixou a biomedicina e passou a apostar na venda de perfumes
Arquivo pessoal
Os brasileiros consumiram 22% de perfumes no primeiro quadrimestre de 2021, em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. As maiores procuras foram pelos femininos (26%). As frag�ncias masculinas registraram aumento de 15% nas vendas. Os dados s�o da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosm�ticos ABIHPEC.
De acordo com o Painel de Dados de Mercado da ABIHPEC, o setor teve alta de 5,7% em vendas com pre�o de f�brica. Segundo a associa��o � da cultura brasileira se perfumar como ato de promo��o de bem-estar.
Um verdadeiro amor a perfumes fez J�nia Bandeira, 39 anos, mudar os rumos de sua vida. Ela deixou a biomedicina e passou a empreender com o marido Maur�cio Ribeiro, 43 anos, vendendo perfumes e outros artigos de beleza e bem-estar.
"Eu tinha qualifica��o como biom�dica e trabalhava h� dez anos em laborat�rio de uma grande empresa. Estava infeliz, porque era um trabalho muito isolado e adoro o contato com as pessoas. Passei a vender perfumes. Foi dif�cil come�ar, mas os aromas sempre me ajudaram a superar as dificuldades e passei a viver deles. Agora na pandemia, as vendas explodiram porque todo mundo est� precisando de produtos para sentir-se bem, sabe?" comenta animada.
No arm�rio dela, uma variedade de pelo menos dez tipos. Para ela, perfumes s�o experi�ncias e nos remete a lembran�as, nos conectam com pessoas. "Quem nunca sentiu uma fragr�ncia e lembrou-se de uma pessoa querida?" comenta.
E o mercado sentiu cheiro de neg�cios no ar durante a pandemia. O empreendedor Jorge Gonzaga e a esposa Silv�nia Gonzaga, est�o h� mais de uma d�cada no mercado da perfumaria. Ele explica que "perfume � a express�o da marca pessoal de cada um e serve como um repert�rio de mem�rias. Trazer lembran�as passadas, construir novas e prolongar a sensa��o de bem-estar pode ajudar a vencer os desafios do isolamento. E estamos vendendo muito mais na pandemia" esclarece.
Empresa mineira aposta em frag�ncia exclusiva
De olho neste ramo, a holding mineira Akmos investiu no desenvolvimento da primeira fragr�ncia exclusiva, com perfumes masculino e feminino, que deve impulsionar o mercado no segundo semestre.
E a campanha de lan�amento tem a cara da marca: "A Akmos entra no mercado da perfumaria exclusiva empoderando as pessoas porque sabemos que todos n�s buscamos al�vios para este estado de tens�o. Nossa pesquisa de desenvolvimento do produto mostrou que todos, em alguma medida, estamos com excesso de preocupa��es e autocobran�a durante a pandemia, o que t�m sido motivadoras de mais estresse. Por isso, nossas novas fragr�ncias tendem a provocar bem-estar, conex�o emocional e sentimento positivo em suas notas olfativas, quase ocupando um lugar de aromaterapia, "comenta Eduardo Soares, Gerente de Marketing da empresa.
Com origem no Egito, o perfume surgiu da necessidade de aromatizar o corpo humano e objetos por maior tempo. Ele era usado em m�mias e mortos, e s� se incorporaram aos costumes de fara�s e alguns membros da corte ap�s um longo tempo. A palavra perfume deriva do latim "per fumum", que significa atrav�s do fumo. Al�m do Egito, a arte da perfumaria tamb�m era expressiva na �ndia, aonde foi utilizada e aprimorada pelos persas e romanos.
A moda do perfume surgiu na �poca do Renascimento, na It�lia, e a partir disso, a ind�stria da perfumaria s� continuou a crescer. Sendo considerada uma das ind�strias que mais cresce no mundo, atualmente. Para o historiador e aficionado em perfumes, Eug�nio Miranda, 62 anos, "perfumar-se � rotina de autocuidado."
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