O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quinta-feira, 22, a estrat�gia do governo de fatiar a reforma tribut�ria para aumentar a viabilidade pol�tica da tentativa, feita h� tr�s d�cadas, de mudar o sistema de recolhimento de impostos do Brasil.
"Teria sido grande equ�voco entrar na tal reforma tribut�ria ampla. N�o seria aceita por 5 mil prefeitos", disse Guedes durante debate promovido pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) em conjunto com a Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban).
Ao transmitir confian�a na evolu��o da agenda de reformas, Guedes fez um afago ao presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), que, segundo ele, "marcha decisivamente nessa dire��o", e observou que o Senado deve retomar o apoio �s reformas assim que concluir a CPI da Covid.
No caso da reforma tribut�ria, por�m, o ministro assinalou que foi necess�rio reduzir a ambi��o, deixando temas como a desonera��o da folha de pagamentos para depois. O primeiro passo, ent�o, foi propor ao Congresso a unifica��o de PIS e Cofins com a cria��o da Contribui��o sobre Bens e Servi�os (CBS), convidando, em paralelo, governadores para discutir no Senado o acoplamento de impostos estaduais e municipais ao imposto federal.
"Vamos dar primeiro passo, aprovar CBS, IVA federal, e convidar governadores a aderirem � PEC no Senado", disse o ministro.
A crise sanit�ria, pontuou Guedes, tamb�m comprometeu avan�os nessa frente, j� que, conforme observou, "n�o se faz reforma tribut�ria no meio de recess�o".
O ministro voltou a defender tamb�m a ideia de cortar em 12,5 pontos porcentuais o imposto de renda cobrado da pessoa jur�dica, o que pode abrir um rombo de R$ 30 bilh�es nas contas p�blicas. Guedes reafirmou que esse impacto ser� absorvido pela recupera��o mais r�pida da economia, que deve levar a uma arrecada��o R$ 200 bilh�es maior do que o previsto neste ano. "Com arrecada��o de R$ 200 bilh�es acima, ser� que n�o posso arriscar R$ 30 bi?", questionou.
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ECONOMIA
Guedes: Teria sido grande equ�voco entrar na tal reforma tribut�ria ampla
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