O secret�rio de Pol�tica Econ�mica do Minist�rio da Economia, Adolfo Sachsida, refor�ou nesta sexta-feira (23) o compromisso do governo com a regra de teto dos gastos - apesar das press�es por aumento de investimentos p�blicos. "Vamos gastar no ano que vem exatamente o que gastamos neste ano corrigido pelo IPCA", garantiu o secret�rio da equipe econ�mica durante live do jornal Valor Econ�mico. "O or�amento vai respeitar o teto dos gastos", refor�ou.
Sachsida comentou que os custos da pandemia v�o durar algum tempo, j� que a pobreza aumentou. "� evidente que temos de ter programa social mais robusto que hoje", observou, referindo-se � amplia��o do Bolsa Fam�lia.
O secret�rio destacou que o governo n�o concedeu at� agora aumento de sal�rio para funcion�rio p�blico civil. Diante da limita��o do teto, ele pontuou que a decis�o de reajustar o sal�rio de servidores e aumentar o Bolsa Fam�lia � do presidente Jair Bolsonaro e torna-se uma "escolha or�ament�ria" - ou seja, de priorizar alguns gastos em detrimento de outros.
2� onda da covid
Adolfo Sachsida negou que tenha defendido a imunidade de rebanho como medida de combate � covid-19. Na live, ele pediu desculpas mais uma vez por ter dito que a chance de segunda onda da doen�a era baixa. O secret�rio foi convocado pela CPI da Covid por uma declara��o de novembro de 2020 em que correlacionou a perspectiva de recupera��o da economia ao aumento da mobilidade.
"Os estudos que temos mostram que muitos Estados atingiram ou est�o muito pr�ximos de atingir a imunidade de rebanho. Honestamente, acho baixa a probabilidade de segunda onda no Brasil", disse ele, em 17 de novembro de 2020.
O secret�rio disse que a CPI est� questionando porque n�o houve compartilhamento de tais estudos com o Minist�rio da Sa�de, mas argumentou que os dados usados eram p�blicos. "Nenhuma informa��o nossa serviu para decis�es de combate � covid."
Segundo o secret�rio da SPE, na �poca da declara��o sobre a segunda onda, ele estava explicando as proje��es para o PIB e observava a queda do distanciamento social. "O que est�vamos olhando era o distanciamento social. E estava caindo. E, quando se olha as proje��es do PIB, n�s acertamos", disse, em refer�ncia � queda de 4,1% do PIB em 2020.
Sachsida argumentou que a declara��o sobre a segunda onda veio em resposta � pergunta de uma rep�rter sobre os motivos para a queda do distanciamento social. "Deveria ter ficado calado. Eu fiz uma hip�tese sobre a imunidade de rebanho. Estava errado", afirmou, citando que era uma entrevista ao vivo e que acabou "escorregando" em meio a tantas perguntas.
Braga Netto
Em meio � pol�mica sobre o voto impresso nas elei��es de 2022 e supostas amea�as do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, � realiza��o do pleito, Sachsida ainda disse que o Brasil tem uma "democracia vibrante" e que "ningu�m gosta de ditadura". "Vamos ter um ano eleitoral em 2022. Vai ser barulhento como todos s�o", afirmou.
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