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Estado de Minas EMPREGO

Constru��o civil aquece mercado de trabalho e gera 317 mil postos em um ano

A despeito da covid-19, setor teve uma das maiores evolu��es na cria��o de empregos formais neste ano, segundo dados do governo federal


26/07/2021 08:36

(foto: MINERVINO JUNIOR/ CB/ DAPRESS)
(foto: MINERVINO JUNIOR/ CB/ DAPRESS)
Apesar de a taxa de desemprego no pa�s estar em n�veis recordes por conta da pandemia da covid-19, a constru��o civil vem remando contra a mar�. Mesmo em meio � crise sanit�ria, esse segmento gerou, entre junho de 2020 e maio de 2021, 317.159 novas vagas de emprego, um crescimento de cerca de 15% em rela��o ao mesmo per�odo anterior, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apresentado pela Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previd�ncia e Trabalho do Minist�rio da Economia.

Essa varia��o foi a maior dentre as outras categorias de atividade econ�mica que s�o monitoradas pelo Caged (agropecu�ria, ind�stria, com�rcio e servi�os). Al�m disso, de janeiro a maio deste ano, o setor foi respons�vel por empregar 156.693 trabalhadores com carteira assinada, quase 7% a mais do que nos mesmos meses de 2020 — a segunda maior alta para o intervalo observada pelo Minist�rio da Economia, atr�s apenas da agropecu�ria.

O empres�rio Marlus Franco, 44 anos, s�cio de uma empresa de engenharia, testemunhou essa evolu��o do segmento ao longo dos �ltimos meses. Desde o in�cio da pandemia, ele j� contratou mais de 700 profissionais, desde auxiliares de pedreiro a engenheiros. Segundo ele, o segredo para n�o ficar estagnado em meio � crise foi n�o perder o planejamento e transmitir confian�a para os clientes.

Um dos contratados nesse per�odo foi o engenheiro civil Josu� Jorge Galdino, 24. "� uma grata motiva��o enfrentar desafios novos a cada dia. Ao decorrer do tempo, com aquisi��o de experi�ncia de mercado e mais contato na �rea, vejo hoje um leque de possibilidades nesta �rea. Oportunidades que antes eram raras tornaram-se mais comuns. E na �rea da constru��o civil, que � muito competitiva, ainda mais em tempos de crise, as oportunidades est�o aparecendo.”

Condicionantes

O economista Benito Salom�o, mestre em Avalia��o de Pol�ticas P�blicas pela Universidade Federal de Uberl�ndia (UFU), diz que os bons resultados obtidos pela constru��o civil nos �ltimos meses s�o reflexo, em parte, da redu��o da taxa b�sica de juros, a Selic, que aconteceu no ano passado, quando ela chegou � marca de 2% ao ano.

“Isso estimulou o cr�dito, e as pessoas se sentiram encorajadas a tomar cr�dito para fazer reformas ou construir, o que refletiu na alta da demanda por emprego”, explica. “E como os brasileiros tiveram de ficar mais tempo em casa, eles sentiram a necessidade de transformar as resid�ncias em lugares mais confort�veis. Isso tamb�m estimulou o setor da constru��o civil", acrescenta.

Para ele, o fato de algumas ocupa��es na constru��o civil n�o exigirem forma��o superior tamb�m contribuiu para que o setor gerasse mais vagas. O economista ainda diz que o setor teve sucesso por ter aberto as portas a profissionais que sa�ram das suas ocupa��es principais e n�o conseguiram retornar a esses mercados. “Os trabalhadores sem maiores qualifica��es n�o t�m muita op��o sobre a atividade que v�o exercer e acabam assumindo a oportunidade que aparece.”


Confian�a em alta

A gera��o de mais postos de trabalho na constru��o civil aumentou a percep��o de melhora
no ambiente de neg�cios corrente e futuro do setor, segundo a Funda��o Getulio Vargas (FGV)

M�s�ndice de confian�a�ndice de expectativas
Janeiro92,594,6
Fevereiro92,094,1
Mar�o88,890,0
Abril85,086,0
Maio87,289,0
Junho92,495,4

Fonte: FGV

 

Materiais ficam 2,3% mais caros

O setor de varejo de material de constru��o foi um dos que menos sentiram os impactos da crise gerada pela pandemia. De acordo com a Federa��o Brasileira de Redes Associativistas de Materiais de Constru��o (Febramat), no primeiro trimestre deste ano, as lojas do segmento apresentaram uma evolu��o de 30,5% no faturamento na compara��o com o mesmo intervalo de 2020.

"Mesmo depois de um in�cio de pandemia assustador, onde as lojas tiveram que fechar as portas, com a abertura gradual o que se observou foi uma r�pida retomada nas vendas, apresentando um crescimento maior do que nos �ltimos anos, em especial pelo fato de as pessoas terem ficado em casa e olharem mais para as necessidades de reformas", analisa o presidente da Febramat, Paulo Roberto dos Santos Machado.

Em contrapartida, os materiais de constru��o est�o mais caros. Em junho, o �ndice Nacional de Custo da Constru��o - M (INCC-M), calculado pela Funda��o Getulio Vargas (FGV), subiu 2,3%. No m�s anterior, o indicador tinha avan�ado 1,8%. Com esse resultado, o �ndice acumula alta de 9,38% no ano e de 16,88% em 12 meses.

De acordo com a FGV, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos subiu 1,65% em junho, contra 2,93% no m�s anterior. Todos os subgrupos componentes apresentaram decr�scimo em suas taxas de varia��o, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 2,91% para 2,09%.

Segundo a institui��o, a varia��o relativa a Servi�os passou de 0,95% em maio para 1,19% em junho. Neste grupo, vale destacar o avan�o da taxa do item projetos, que passou de 1,95% para 2,29%.A taxa de varia��o referente ao �ndice da M�o de Obra, por sua vez, passou de 0,99% em maio para 2,98% em junho.

*Estagi�rias sob a supervis�o de Augusto Fernandes


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