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Estado de Minas ECONOMIA

Etanol: com bom pre�o, anidro � aposta de usinas para garantir mistura de 27%


26/07/2021 09:45

S�o Paulo, 26 - O etanol anidro, que � misturado � gasolina, vem ganhando espa�o na produ��o das usinas brasileiras. Nos tr�s primeiros meses da safra 2021/22 de cana-de-a��car, abril a junho, 35,54% do total fabricado no Centro-Sul foi anidro. E essa participa��o deve crescer, segundo o diretor Comercial da BP Bunge Bioenergia, Ricardo Busato Carvalho. "Nossa intelig�ncia de mercado prev� que, at� o final da safra, quase 40% da produ��o de etanol no Centro-Sul seja anidro", disse. Os dados mostram que, nesta temporada, a fatia desse tipo de etanol no total produzido � a maior para o per�odo desde 2017/18, quando o Pa�s ainda passava por uma mudan�a na pol�tica de pre�os da gasolina, que come�ava a ter reajustes mais frequentes, com base na paridade internacional.

Hoje, o anidro tem se mostrado mais vantajoso economicamente do que o hidratado - que � adicionado diretamente aos ve�culos, sem mistura. "Nesta safra o pre�o do anidro subiu muito", afirma o consultor de a��car e etanol da Stonex, Bruno Lima. "Em meados de maio, (a cota��o) chegou a 14% acima do hidratado."

Al�m disso, as usinas n�o querem p�r em risco a pol�tica que prev� a mistura de 27% do biocombust�vel na gasolina C - entidades representantes de distribuidoras pediram redu��o desse porcentual, alegando quebra de safra de cana-de-a��car e o alto pre�o do biocombust�vel. "Ningu�m quer colocar isso em risco", disse o diretor t�cnico da Uni�o da Ind�stria de Cana-de-A��car (Unica), Antonio Padua Rodrigues. Ele lembra que o mercado de etanol anidro � regulado e j� est� contratado junto �s distribuidoras. O anidro costuma ser negociado em contratos anuais junto �s distribuidoras. O hidratado, por outro lado, � vendido principalmente no mercado "spot", ou � vista.

Ricardo Carvalho, da BP Bunge Bioenergia, v� o mercado capaz de atender a demanda por combust�veis. "Nenhum pa�s do mundo pode mudar o mix como o Brasil, que tamb�m tem boa flexibilidade entre anidro e hidratado", ressaltou. A vis�o reflete a da maior parte do setor sucroenerg�tico brasileiro, que considera pequena a chance de a oferta n�o atender � demanda. Alguns suspeitam que os pedidos das distribuidoras estejam mais relacionados a pre�o do que � disponibilidade.

O etanol alcan�ou cota��es recordes ao longo do ano, em decorr�ncia da expectativa de quebra da safra de cana no Brasil, da alta de pre�os do a��car e de uma rea��o do petr�leo ap�s retomada parcial do consumo, com o in�cio da vacina��o contra a covid-19. A importa��o de etanol tamb�m tem sido menor este ano, j� que d�lar e o pre�o do milho (mat�ria-prima do biocombust�vel nos Estados Unidos, onde o Brasil vai buscar o que falta) desestimulam a compra do exterior. Com isso, o biocombust�vel ajuda a impulsionar tamb�m o pre�o da gasolina.

Com o alto volume de a��car j� fixado pelas usinas em um ano de produ��o de cana menor, devido ao clima, as cota��es do anidro e do hidratado devem se manter sustentadas. Lima, da StoneX, diz que as usinas "est�o bem comprometidas em fixa��o de a��car, ent�o o espa�o para troca de mix � menor".

As vendas antecipadas do ado�ante est�o em n�veis altos. O pre�o do a��car em reais alcan�ou recordes nominais ao longo do ano. "V�rias usinas pensam em trocar mix, mas poucas executam", diz o analista. "Vemos mais cancelamento de contrato por performance em decorr�ncia da quebra de safra do que para trocar para etanol."


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