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Estado de Minas ECONOMIA

BC: endividamento das fam�lias tem seguido trajet�ria de crescimento, diz Rocha


28/07/2021 12:16

O chefe do Departamento de Estat�sticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta quarta-feira, 28, que o endividamento das fam�lias tem seguido trajet�ria de alta. "O crescimento do endividamento das fam�lias mostra que o saldo de cr�dito para pessoas f�sicas tem avan�ado em um ritmo maior que o da renda dos trabalhadores", afirmou.

A crise econ�mica trazida pela pandemia do novo coronav�rus fez o endividamento das fam�lias bater novo recorde no Brasil. Dados divulgados nesta quarta pelo Banco Central mostram que, em abril, o endividamento das fam�lias com o sistema financeiro chegou aos 58,5%. Este � o maior porcentual da s�rie hist�rica, iniciada em janeiro de 2005.

O c�lculo do BC leva em conta o total das d�vidas banc�rias dividido pela renda das fam�lias no per�odo de 12 meses. Como incorpora dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) cont�nua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE, o porcentual possui certa defasagem. Por isso o resultado divulgado hoje � de abril.

Fernando Rocha tamb�m disse que h� uma desacelera��o no crescimento do cr�dito para empresas, enquanto o estoque para fam�lias segue aumentando de ritmo.

"No segundo semestre do ano passado, tivemos um crescimento muito grande no cr�dito para pessoas jur�dicas, com os programas lan�ados durante a pandemia. Como esses programas n�o existem mais, � normal que haja uma desacelera��o dos saldos em 12 meses. J� no caso das pessoas f�sicas, o estoque segue em alta sendo puxado pelo cr�dito pessoal", explicou Rocha.

O estoque total de opera��es de cr�dito do sistema financeiro subiu 0,9% em junho ante maio, para R$ 4,213 trilh�es, informou hoje o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 16,3%. Houve alta de 1,5% no estoque para pessoas f�sicas e eleva��o de 0,1% no estoque para pessoas jur�dicas.

Consignado

O chefe do Departamento de Estat�sticas do Banco Central destacou o crescimento de 1,5% em junho do cr�dito consignado de maio para junho. Em 12 meses, o estoque do consignado tem alta de 19,2%. "O consignado representa 36% do cr�dito livre para pessoas f�sicas e tem apresentado crescimento nos saldos de todas as modalidades, seja para aposentados, servidores p�blicos e trabalhadores da iniciativa privada", apontou.

J� o saldo do cr�dito pessoal n�o consignado cresceu 2,7% em junho e acumula alta de 26,3% em 12 meses. "Nesse caso, as taxas de juros s�o bem mais elevadas, devido ao menor n�vel de garantia quando comparado ao cr�dito consignado", lembrou Rocha.

Capital de giro

Fernando Rocha destacou, ainda, o crescimento de 1,9% em junho dos saldos do capital de giro com prazo superior a 365 dias. Em 12 meses, a alta � de 26,4%. "Capital de giro � a modalidade mais importante em termos de saldos para pessoas jur�dicas, e as opera��es mais longas dizem respeito � maior parte desse volume", afirmou.

J� o saldo das opera��es com menos de 365 dias recuou 12,0% em junho e 32,3% em 12 meses. "No caso do capital de giro de curto prazo, h� uma redu��o em rela��o ao ano passado, porque essas opera��es foram mais demandadas na crise, entre mar�o e agosto de 2020. Mesmo com o recuo desde ent�o, o saldo ainda 40% superior ao que era antes da pandemia", completou.

Rocha chamou aten��o ainda para o crescimento de 14,3% do saldo de desconto de duplicatas em junho, sazonal em todo final de trimestre. "Mas essa linha tem mostrado um crescimento sustentado nos �ltimos 12 meses, para al�m do seu padr�o sazonal", acrescentou.

Capta��o dos bancos

O chefe do Departamento de Estat�sticas do BC disse que o aumento da taxa Selic nos �ltimos meses j� ocasionou uma eleva��o no custo de capta��o dos bancos. Por outro lado, as taxas de juros cobradas dos tomadores de empr�stimos t�m se mantido est�veis, o que denota uma redu��o dos spreads.

Em junho, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) elevou pela terceira vez consecutiva a Selic em 0,75 ponto porcentual, para 4,25% ao ano. O colegiado passou a considerar apropriada a normaliza��o da taxa de juros para o patamar neutro e indicou um novo ajuste de mesma magnitude ou ainda maior na Selic na pr�xima reuni�o, em agosto.

O spread banc�rio m�dio no cr�dito livre passou de 21,8 pontos porcentuais em maio para 21,4 pontos porcentuais em junho. Para pessoa f�sica o spread m�dio foi de 32,7 para 32,6 pontos porcentuais no per�odo. Para pessoa jur�dica, o spread m�dio passou de 8,4 para 8,1 pontos porcentuais.


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