O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, voltou a reafirmar nesta sexta-feira, 30, que o governo n�o considera a hip�tese de racionamento de energia, mas disse que "trabalha para que n�o haja nenhum risco de apag�o". A situa��o � consequ�ncia da pior crise h�drica que o Pa�s enfrenta nos �ltimos 91 anos, com n�veis alarmantes nos principais reservat�rios de usinas hidrel�tricas. O governo adotou medidas para contratar mais usinas termoel�tricas, que encarecem a conta de luz. Albuquerque disse, por�m, que "temos excesso de oferta de energia".
O ministro afirmou que o sistema el�trico tem sido monitorado 24 horas por dia e que est� elaborando medidas para evitar picos de demanda de energia. Com racionamento, o governo determina redu��es compuls�rias no consumo de energia - como aconteceu em 2001, ainda na gest�o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na �poca, as ind�strias tamb�m tiveram de reduzir a produ��o. J� um apag�o � a falta de energia em determinado per�odo do dia. O maior risco � justamente no momento de pico, quando h� maior demanda. "Eu diria que racionamento n�o, e trabalhamos para que n�o haja nenhum risco de apag�o", disse o ministro em entrevista � R�dio CNN.
O ministro disse que o governo tem "governan�a total" do sistema e "oferta suficiente" de energia para que n�o haja apag�es ou picos de demanda que leve � popula��o a ficar sem energia el�trica. "Temos governan�a total do sistema e temos oferta suficiente para que n�o haja apag�o, para que n�o haja um pico de demanda que leve a apag�o. Temos excesso de oferta de energia", afirmou. "O que n�s estamos trabalhando � do futuro, n�o sabemos como estar� o sistema em outubro, em novembro se n�o houver chuva. Trabalhamos com todas essas possibilidades de deslocar, de diminuir um pouco a demanda em determinados momentos, para que tenha mais tranquilidade ou para que o Operador [Nacional do Sistema El�trico] tenha mais flexibilidade na opera��o", disse.
Entre essas medidas para mitigar os riscos, o ministro citou negocia��es com as ind�strias para que haja um deslocamento de consumo, ou seja, para que a produ��o seja feita em um hor�rio onde h� menos demanda por energia. "Estamos conversando com as ind�strias para que, dentro da necessidade delas e da oferta de energia que existe, escolhermos um deslocamento, ou eles mesmo voluntariamente apresentar esse deslocamento, com devidas compensa��es", explicou.
Albuquerque indicou, por�m, que as medidas para evitar a falta de energia tem um custo mais alto para os consumidores. Isso porque a gera��o em usinas termel�tricas, que est�o sendo acionadas nos �ltimos meses, � mais cara. "A gera��o termel�trica, que � um gera��o firme, de base, e que impede que haja apag�es, tem um custo mais elevado. O consumidor est� pagando pelo custo da energia que � gerada para prestar os servi�os a ele", disse. O ministro negou, por�m, que o governo incentive o consumo de energia, mas que isso � uma consequ�ncia natural da retomada da economia.
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