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Estado de Minas ENTREVISTA

Ni�bio de Arax� mira novos e promissores mercados

Rog�rio Contato, diretor industrial da CBMM, destaca recupera��o das vendas do metal e expectativa de mais investimentos em Minas


01/08/2021 04:00 - atualizado 03/08/2021 12:02

CBMM já considera projeto para novo ciclo de investimentos em sua planta industrial de Araxá(foto: CBMM/Divulgação)
CBMM j� considera projeto para novo ciclo de investimentos em sua planta industrial de Arax� (foto: CBMM/Divulga��o)
Maior fornecedora no mundo de produtos de ni�bio, – metal com larga e nobre aplica��o da ind�stria automotiva � fabrica��o de turbinas de avi�o –, a CBMM j� considera projeto para novo ciclo de investimentos em sua planta industrial de Arax�, no Alto Parana�ba.

A despeito do impacto da pandemia de COVID-19 na economia, a empresa anunciou recentemente ter conclu�do aportes de R$ 3 bilh�es, ampliando sua capacidade de produ��o para 150 mil toneladas por ano.

Ao Estado de Minas, o diretor industrial da CBMM, Rog�rio Contato, informou que a demanda se recupera no Brasil e no exterior e tende a crescer. “J� pensamos no projeto de expandir a produ��o para 225 mil toneladas por ano para atender 100% do mercado brasileiro”, afirmou o executivo.

Nesta entrevista, Rog�rio Contato comenta outros dois projetos essenciais para a companhia, o uso do ni�bio na estrutura dos chassis dos utilit�rios esportivos el�tricos SUVs para competi��es de automobilismo e parcerias visando ao desenvolvimento tecnol�gico com universidades e centros de pesquisa.


Rogério Contato, diretor industrial da CBMM(foto: CBMM/Divulgação)
Rog�rio Contato, diretor industrial da CBMM (foto: CBMM/Divulga��o)
A quais fatores se deve a expans�o da CBMM, que motivou investimentos de R$ 3 bilh�es conclu�dos neste ano para aumentar a capacidade de produ��o a 150 mil toneladas por ano?
Enxergamos que o ni�bio continuar� sendo importante nas aplica��es que temos hoje. Os pa�ses da Europa e da �sia t�m potencial de crescimento de utiliza��o muito grande do metal. A Europa j� vinha nesse processo h� d�cadas e, agora, China, Coreia do Sul, �ndia e Jap�o puxam esse crescimento. Vislumbramos mercados importantes na parte de vidros, baterias e eletrifica��es. O pensamento � em m�dio e longo prazo. A pandemia veio e ela � real e importante, mas acreditamos que o mercado vai retomar a demanda. Com isso, conclu�mos o plano de expans�o nessa fase. T�nhamos capacidade de 100 mil toneladas de produ��o do principal produto, mas o mercado colocou o desafio de aumentar o volume. Nossa capacidade foi elevada a 150 mil toneladas por ano. Acreditamos no mercado e no programa de tecnologia e, por isso, n�o paramos de investir. S�o de R$ 150 milh�es a R$ 200 milh�es investidos em tecnologia em meio � pandemia, acreditando no resultado. O mercado j� absorve essa retomada em v�rios locais do mundo nesse momento e retomar� mais forte. Diria que, em projeto, j� pensamos na pr�xima etapa de crescimento, para expandir a produ��o a 225 mil toneladas por ano e atender a 100% do mercado brasileiro.

Como os investimentos repercutiram em gera��o de empregos?
Conclu�mos um ciclo de expans�o em que tivemos em torno de 4 mil novos empregos, sendo que duas em cada tr�s pessoas s�o da regi�o de Arax�. Mantemos algumas obras com todo o cuidado e todo o controle que o atual momento nos coloca. Temos algumas obras nos sistemas de distribui��o de rejeitos, nos afluentes. O crescimento leva ao surgimento de novos postos com nossas 15 unidades industriais. Nas �reas de prepara��o, engenharia, obra, intelig�ncia para acompanhamento e suporte, esse crescimento se potencializa. E h� a preocupa��o com o investimento e a forma��o de crian�as e jovens para que a cidade possa ter uma gera��o melhor e diferente de ocupa��es.

A pandemia de COVID-19 impactou com qual intensidade o mercado do ni�bio?
No mundo, os mercados se retra�ram e tivemos um impacto em torno de 20% em nossas vendas e produ��o, mas sentimos no fim de 2020 e in�cio de 2021 uma retomada importante no Brasil e outros pa�ses no setor sider�rgico. Com isso, tivemos nova recupera��o de demanda. Com todo cuidado e respeitando as a��es preventivas na pandemia, retomamos os volumes de produ��o que faz�amos. Ainda temos o desafio da COVID-19, mas entendemos que vamos super�-los.

Como est�o funcionando as parcerias feitas pela empresa com institutos e universidades de diversos pa�ses para desenvolvimento de tecnologia?
Temos um programa com mais de 200 projetos que abrange v�rios setores, como academias, universidades, centros de tecnologia e clientes no Brasil e no mundo. A nossa equipe est� capacitada e n�o conhece somente o ni�bio ou seus processos de produ��o, sabe onde ele ser� aplicado. S�o especialistas nos setores automotivo, industrial, de �leo e g�s e baterias e aplica��es espaciais. Nesse n�cleo de pessoas, fazemos contatos, projetos, reuni�es e visitas e semin�rios. Enxergamos o desafio do crescimento do mercado como um todo no mundo e trabalhamos para que ele d� retorno � sociedade. Com a expans�o da CBMM, essa equa��o toda funciona. O n�cleo est� no Brasil, Estados Unidos, Europa e �sia fazendo este atendimento t�cnico de tecnologia de ponta a ponta. O mercado ainda � relativamente pequeno em termos volum�tricos. Estamos falando de 100 mil a 120 mil toneladas por ano de utiliza��o, do qual temos a oportunidade de participar com o maior suprimento desse metal para o mundo todo. Enquanto isso, existem outros metais com quantidades bastante altas. As aplica��es s�o de extrema import�ncia, pois entramos no mercado automotivo, que est� pr�ximo da gente a cada dia.

H�, na CBMM, uma diversifica��o para atender setores como as sider�rgicas. � uma nova aposta de mercado?
No in�cio da produ��o da CBMM, o volume variava muito. As quantidades iniciais estavam voltadas para gasodutos, com projetos para empresas estatais. H� uma centraliza��o de importa��o muito importante. A diversifica��o talvez tenha sido uma das ferramentas importantes de ampliar o ni�bio para outros locais, estruturas, pontes, constru��es de f�bricas e pr�dios. H� tamb�m o ni�bio colocado para vergalh�es da ind�stria, chegando nas constru��es. Esse caminho de diversifica��o n�o tem volta. Enxergamos os n�veis de aplica��o em outros setores, como a eletrifica��o e as baterias. S�o R$ 60 milh�es investidos em pesquisas, mas certamente teremos uma aplica��o significativa. Alemanha, Su�cia e Jap�o puxavam as grandes aplica��es do ni�bio. A China n�o usava ni�bio h� 20 anos, mas hoje consome uma extens�o significativa. Vislumbramos a �ndia e outros pa�ses que precisam de infraestrutura, fundamental para o crescimento.

No fim do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro exaltou ni�bio e comentou a inten��o de transformar o pa�s num Vale do Sil�cio a partir do metal. O Brasil ser� uma refer�ncia nesse segmento?
A tecnologia � o fundamental para desenvolver qualquer setor, seja industrial ou n�o. Ter as melhores pr�ticas e procurar super�-las, chegando nas aplica��es, � muito importante. � o que fazemos de forma intensa ao longo do tempo e j� somos refer�ncia no contexto da aplica��o do ni�bio. Na nossa f�brica, vemos estruturas met�licas sendo constru�das com a�o contendo ni�bio. Nossos caminh�es cont�m ca�ambas feitas com esse metal. Esse fomento tecnol�gico no Brasil ou no exterior j� coloca a tecnologia como parte principal, pensando na aplica��o como energia sustent�vel.

A CBMM vem participando de projeto de montagem de chassis de carros el�tricos para competir na categoria dos SUVs, voltados � mobilidade sustent�vel. Como tem sido essa experi�ncia?
Tem sido �timo pelo tema da mobilidade. Quando falamos em trazer experi�ncias, testes e trazer as pessoas �s tecnologias aplicadas, isso � algo de muita satisfa��o. Aprendemos com isso ao longo dos anos e levamos nossa experi�ncia. � uma categoria totalmente inovadora e objetivo � testar essa tecnologia nos modelos SUV's el�tricos na composi��o dos chassis, al�m de chamar a aten��o da popula��o para a quest�o da sustentabilidade.
 
 


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