O �ndice de Pre�os ao Consumidor - Semanal (IPC-S) deve desacelerar de 0,92% para 0,70% em agosto, mas renovar o pico no acumulado em 12 meses, de 8,76% para 8,93%, estima o coordenador do indicador da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. Como reflexo de problemas clim�ticos, Picchetti elevou a proje��o para o resultado anual de 5,90% para 6,40%.
"Entre junho e julho, tivemos novidades relevantes para a din�mica da infla��o. E as duas principais s�o clim�ticas", explica o coordenador. "De um lado tem a seca, que est� se delineando como preocupante, por todas as declara��es do pessoal de energia. E do outro lado geadas, com perspectiva de comprometer a oferta de alguns alimentos."
Al�m dos obst�culos relacionados ao clima, Picchetti afirma que os dados de n�cleo e difus�o caracterizam uma infla��o que n�o est� mais restrita a poucos itens. Apesar de ficar est�vel entre junho e julho (0,43% para 0,42%), o n�cleo avan�ou de 3,50% para 3,67% no acumulado em 12 meses. A difus�o, por sua vez, acelerou na margem, de 63,55% para 64,52%.
O arrefecimento no IPC-S de agosto deve ser puxado pelos al�vios em passagem a�rea e tarifa de eletricidade residencial, que registraram altas significativas em julho (13,11% e 7,80%, respectivamente). No sentido oposto, a gasolina deve pressionar o �ndice neste m�s. Ap�s avan�ar de 1,47% para 1,85% no fechamento de julho, o combust�vel j� acelera a 2,30% na ponta compara��o entre a quarta semana de julho e o mesmo per�odo do m�s anterior. "O aumento da Petrobras est� chegando ao consumidor final", diz Picchetti.
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