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Estado de Minas INFLA��O

Custo de vida em BH sobe em julho e IPCA chega a 4,76% em 2021

Alimenta��o fora de casa encarece em julho, refletindo a volta ao funcionamento dos bares e restaurantes. Infla��o na capital acumula 8,62% em um ano


04/08/2021 04:00 - atualizado 04/08/2021 07:17

Com variação de 4,4%, gasto com refeição puxou aumentos, junto às altas de lanches e sorvetes na capital(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 23/6/21)
Com varia��o de 4,4%, gasto com refei��o puxou aumentos, junto �s altas de lanches e sorvetes na capital (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 23/6/21)


A infla��o voltou a pressionar o or�amento do consumidor de Belo Horizonte, ap�s ter perdido f�lego em junho, segundo o levantamento de pre�os feito regularmente na capital pela Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas, Administrativas e Cont�beis de Minas Gerais (Ipead), vinculada � UFMG. O custo de vida subiu 0,54% em julho, acumulando altas de 4,76% em 2021 e de 8,62% no per�odo de um ano terminado no m�s passado, de acordo com o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA).
 
Segundo o relat�rio que a funda��o divulgou, ontem, os aumentos de julho em BH foram puxados pela alimenta��o em bares e restaurantes, que encareceu 3,83% nos �ltimos 30 dias. Esse grupo de despesas abrange tr�s itens: refei��o, lanches e sorvetes. Com acr�scimo de 4,4% nos pre�os, a refei��o foi o item que mais pressionou a infla��o de julho. Houve press�o forte, tamb�m, dos chamados pre�os administrados, aqueles dos servi�os p�blicos, como energia e combust�veis.
 
Do ranking dos vil�es do IPCA tamb�m fazem parte os alimentos de elabora��o prim�ria (carne, leite, arroz e feij�o), cujo pre�o m�dio foi remarcado em 2,70%, al�m das bebidas vendidas em bares e restaurantes, que ficaram 1,14% mais caras no m�s passado. A alta acumulada em 12 meses � de 8,62%, mais do que o dobro da meta de infla��o definida pelo Conselho Monet�rio Nacional, de 3,75%.
 
Ap�s queda de 0,68% em junho, o pre�o da cesta b�sica tamb�m apresentou alta. A despesa com o conjunto dos 13 alimentos que comp�em a cesta somou R$ 568,27, acr�scimo de 2,66% sobre o custo medido em junho, de R$ 568,27. Os principais respons�veis pelo aumento geral do gasto foram o tomate santa cruz (26,13%), o corte bovino ch� de dentro (2,43%) e o leite pasteurizado (8,15%). Na compara��o com julho do ano passado, quando custava R$ 461,80, a cesta disparou 23,06%. A marca dos R$ 500 foi rompida em outubro de 2020.
 
O gerente de pesquisas da Funda��o Ipead/UFMG, Eduardo Antunes, destaca que a infla��o reflete a flexibiliza��o das atividades econ�micas  em BH que, no in�cio de julho, ampliou o hor�rio de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, ap�s fechamento para conter o avan�o da COVID-19, e liberou a realiza��o de eventos. “Isso explica principalmente o aumento da alimenta��o fora de casa. Os bares e restaurantes foram reabertos h� pouco tempo com um custo de operacionaliza��o significativamente maior. Afinal, os insumos est�o mais caros, as casas n�o podem funcionar com lota��o total, e foi preciso contratar mais empregados. Era de se esperar que esse custo extra fosse repassado ao consumidor”, analisa Antunes.

D�lar

O pesquisador cita ainda o efeito pandemia, que reduziu o ritmo de produ��o nas f�bricas e ind�strias de forma global, alterando o equil�brio entre oferta e procura de v�rios produtos e servi�os. “E temos ainda a valoriza��o do d�lar, comercializado acima de R$ 5. Esse � um fator de encarecimento importante, que afeta praticamente todos os segmentos. O d�lar caro aumenta o custo de mat�rias-primas importadas. Ele tamb�m desequilibra o abastecimento de alimentos no pa�s, pois, entre vender para o mercado interno e exportar para receber em d�lar, o produtor agr�cola prefere exportar”, comenta.
 
Quando se observa o comportamento dos pre�os dos servi�os, se destacaram as varia��es da tarifa de energia el�trica residencial, de 4,78%, e de excurs�es, que encareceram 3,60%. As passagens a�reas ficaram 31,58% mais caras e o gasto com gasolina subiu 1,04% na capital. No sentido oposto, alguns itens baixaram de pre�os, caso dos alimentos in natura (-2,82%), produtos para sa�de e cuidados pessoais (-2,68%), bem como as pe�as de vestu�rio e complementos (-2,67%).


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