A propor��o de fam�lias com d�vidas no Pa�s alcan�ou em julho 71,4% do total de entrevistados na Pesquisa de Endividamento e Inadimpl�ncia do Consumidor (Peic), realizada pela Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC), alta de 1,7 ponto porcentual (p.p.) em rela��o a junho, renovando o recorde da s�rie hist�rica. Em rela��o a julho de 2020, houve alta de 4,0 p.p., maior varia��o nessa base de compara��o desde dezembro de 2019.
O crescimento do endividamento, em meio � infla��o pressionada e ao mercado de trabalho fragilizado, preocupa a CNC, principalmente porque houve aumento da inadimpl�ncia na Peic de julho.
O total de brasileiros com d�vidas ou contas em atraso aumentou pelo terceiro m�s seguido, alcan�ando 25,6% das fam�lias - 0,5 p.p. acima de junho, mas 0,7 p.p. abaixo de julho de 2020.
A parcela dos consumidores que declararam n�o ter condi��es de pagar suas contas ou d�vidas em atraso, o que sinaliza para continuidade da inadimpl�ncia, passou de 10,8% em junho para 10,9% em julho, 1,1 p.p. abaixo do n�vel registrado em igual m�s de 2020.
"O tempo de atraso no pagamento das d�vidas tamb�m vem crescendo, reflexo das dificuldades enfrentadas pelas fam�lias na faixa de menor renda, em especial, para quitarem seus compromissos financeiros em dia", diz a nota divulgada nesta quinta-feira pela CNC.
De acordo com a CNC, o aumento no n�mero de endividados em julho ocorreu nas duas faixas de renda investigadas na Peic, mas a propor��o de fam�lias endividadas chamou mais aten��o no grupo que recebe at� dez sal�rios m�nimos, com avan�o de 70,7% em junho para 72,6% agora - recorde da s�rie hist�rica.
No agregado, o cart�o de cr�dito se manteve como principal forma de endividamento. A propor��o de endividados no cart�o de cr�dito tamb�m renovou a m�xima da s�rie hist�rica, chegando a 82,7%. "Este meio de pagamento � o mais difundido pelas facilidades de uso, mas � tamb�m o que oferece o maior custo ao usu�rio, sobretudo quando se torna cr�dito rotativo", diz a CNC.
A entidade demonstrou preocupa��o tamb�m com o ciclo de eleva��o dos juros, ap�s o Banco Central (BC) aumentar a taxa b�sica Selic de 4,25% ao ano para 5,25% ao ano, em decis�o anunciada na quarta-feira, 4.
"O aumento dos juros em curso no Pa�s encarece as d�vidas, principalmente na modalidade mais buscada pelos endividados hoje, que � o cart�o de cr�dito", alerta a nota da CNC.
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