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Estado de Minas ECONOMIA

Dona da Casas Bahia mira cr�dito aos 'sem banco'


07/08/2021 17:00

Se de um lado a Via (ex-Via Varejo) tem buscado nos �ltimos dois anos reformular todo o seu neg�cio para se reposicionar cada vez mais como uma empresa de tecnologia, de outro enxerga em um de seus servi�os mais antigos uma importante via de crescimento: o conhecido carn� herdado das Casas Bahia.

Agora, seis d�cadas depois do lan�amento do credi�rio pela empresa, que nada mais � do que o cr�dito dado pelo varejista, ele retorna ao ponto central de expans�o da companhia, mirando um contingente de brasileiros desbancarizados que poder�o, ao se tornarem clientes, parcelar a compra de eletrodom�sticos, por exemplo.

O tradicional carn� de papel, em que o cliente vai at� a loja todos os meses para efetuar o pagamento, continua existindo e segue uma pe�a importante dessa estrat�gia, visto que a digitaliza��o ainda n�o chegou para todos os brasileiros.
Das receitas com vendas da companhia, cerca de 33% t�m como origem esses credi�rios. Dessa fatia, metade vem dos carn�s impressos. Ainda � muito, mas antes da pandemia correspondia a 80% - provando que mesmo as classes mais pobres da popula��o est�o inseridas no mundo digital.

"Na ess�ncia fomos a primeira companhia a conceder cr�dito. Temos um credi�rio pr�prio e isso nos d� a chance de penetrar em uma camada da popula��o em que o cart�o de cr�dito n�o chega", diz o presidente da Via, Roberto Fulcherberguer, em entrevista ao Estad�o.

Para o credi�rio, que por defini��o tem ra�zes na loja f�sica, a companhia lan�ou h� cerca de um ano a vers�o digital. Na pr�tica, trata-se de um empr�stimo que a empresa d� ao cliente para a compra de um determinado produto. O d�bito pode ser dividido, no caso da Via, em at� 24 meses. Com isso, mesmo quem n�o tem um cart�o de cr�dito, ou aquele que n�o tem limite, pode ir �s compras.

Para a Via, al�m da experi�ncia no velho carn�, o trunfo que carrega embaixo do bra�o � o n�mero que comprova que o cliente que compra usando o credi�rio, f�sico ou digital, � muito fiel. "Mais de 50% daqueles que compram no credi�rio voltam e muitos antes de terminar de pagar", conta o presidente da empresa.

Para Fulcherberguer, com o cr�dito dado na vida online do cliente, o potencial � que o e-commerce d� um novo salto ao alcan�ar novas camadas da popula��o "O e-commerce responde por apenas 10% do mercado e principalmente nos grandes centros onde as pessoas t�m um cart�o no bolso", diz o executivo. Toda essa transforma��o, com a empresa buscando mostrar for�a em outras �reas, incluindo a de cr�dito, foi uma das raz�es de a companhia ter retirado o "varejo" de seu nome, segundo o executivo.

A companhia obteve licen�a para que seu banco digital, o BanQi, passe a operar como uma institui��o financeira, oferecendo empr�stimos na modalidade de Sociedade de Cr�dito Direto (SCD). "Iremos aumentar o relacionamento que temos com nosso cliente e prover outras linhas de cr�dito, e n�o s� em rela��o � compra de produto", comenta Andr� Calabro, executivo chefe de finan�as e estrat�gias do BanQi.

O coordenador do curso de economia da FGV, Joelson Sampaio, fala em uma tend�ncia no setor. "Esse modelo atende tamb�m o p�blico bancarizado, mas o grande benefici�rio � aquele que est� fora do sistema banc�rio", diz.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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