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Estado de Minas ECONOMIA

Dez das maiores empresas da Bolsa veem lucro dobrar no 2� trimestre


07/08/2021 17:00

Grandes empresas e bancos de capital aberto que j� divulgaram seus resultados no segundo trimestre tiveram um dos per�odos mais fortes de lucratividade dos �ltimos anos. Impulsionado pela retomada da economia ap�s as restri��es da pandemia, pela alta de pre�os das commodities e pelo c�mbio favor�vel � exporta��o, o lucro de dez empresas entre as maiores da Bolsa brasileira dobrou em rela��o ao primeiro trimestre de 2021, passando de R$ 52 bilh�es para R$ 110 bilh�es. Em rela��o ao mesmo per�odo de 2020, os ganhos se multiplicaram por dez.

O levantamento do Estad�o/Broadcast incluiu dez neg�cios de diferentes setores que j� divulgaram o balan�o do per�odo: Petrobras, Vale, Ita�, Bradesco, Weg, Ambev, Gol, Braskem, Telef�nica e Usiminas. Na maior parte das empresas, os recursos v�m como um al�vio, ap�s duas grandes crises: a de 2017 e 2018, no governo Dilma, e a do confinamento no ano passado, quando a atividade econ�mica ficou restrita.

"V�rios fatores externos contribu�ram para o desempenho favor�vel das empresas, como a puxada forte de pre�os por escassez de alguns itens e a desvaloriza��o do c�mbio", diz Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). "Ainda estamos em processo de resgate de padr�es de rentabilidade anteriores � crise."

Petrobras e Vale est�o entre as que mais se destacaram no per�odo. A petroleira (R$ 42,8 bilh�es) e a mineradora (R$ 40,1 bilh�es) tiveram lucros hist�ricos de abril a junho. A Petrobras disse que, apesar do desempenho positivo, boa parte da gera��o de caixa ainda � destinada ao pr�-pagamento da d�vida.

As restri��es de oferta por todo o mundo se somaram � demanda em alta e provocaram efeito disseminado nos pre�os de todo o setor b�sico. Braskem e Usiminas, que fabricam bens intermedi�rios, tamb�m viram seus resultados dispararem.

"Os resultados das empresas de commodities v�o trazer crescimento para o Brasil", afirma Luis Sales, estrategista-chefe da Guide. Segundo ele, esse efeito � um dos componentes por tr�s das previs�es de avan�o em torno de 5% do PIB em 2021.

Reabertura

Enquanto as empresas retomam investimentos, os bancos fortalecem o caixa. Afastada a amea�a de uma explos�o de inadimpl�ncia, as institui��es conseguiram diminuir provis�es para calotes e retomar o ritmo dos cr�dito. "A partir de agora j� vivenciamos a perspectiva de um cen�rio mais pr�ximo ao do pr�-pandemia", disse o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, nesta semana.

Ap�s apurar lucro de R$ 6,5 bilh�es no segundo trimestre, o Ita� Unibanco elevou a perspectiva para o cr�dito neste ano e passou a prever crescimento de at� 11,5%. Mais financiamentos significam impulso maior � economia, com dinheiro para consumo e investimento. O efeito, por�m, esbarra na alta do custo. Com os riscos de a infla��o permanecer em patamar elevado, o Banco Central acelerou o ritmo de alta na taxa b�sica de juros e as proje��es indicam uma Selic pr�xima a 8% no fim do ano.

Em muitos casos, os pre�os t�m sido repassados a consumidores �vidos pela autoindulg�ncia. A Ambev, por exemplo, viu seus volumes crescerem acima do n�vel pr�-pandemia na maior parte dos setores em que atua. A cervejeira lucrou cerca de R$ 3 bilh�es no per�odo, 123% a mais em um ano.

A recupera��o do baque da pandemia, por�m, ainda n�o chegou a todo mundo. "A gente percebe disparidade muito grande", afirma Carlos Antonio Rocca, coordenador do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fipe (Cemec-Fipe). "O setor de papel e celulose est� investindo pesadamente, a siderurgia se movimenta para ir na mesma linha e a ind�stria de constru��o est� em plena decolagem, mas ainda tem uma parcela consider�vel em que as indica��es n�o s�o nessa dire��o." Como exemplo, ele cita as ind�strias de moda, confec��o e cal�ados.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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