S�o Paulo atinge recorde de 2,6 milh�es de fam�lias endividadas, diz FecomercioSP

O aumento da infla��o, puxado principalmente pela alta nos pre�os dos alimentos, da energia el�trica, do g�s e dos combust�veis, tem levado as fam�lias da cidade de S�o Paulo a se endividarem cada vez mais. Em julho, o porcentual com algum tipo de d�vida alcan�ou a marca de 66,1% ante 64,6% em junho, atingindo novo recorde hist�rico de 2,63 milh�es de fam�lias endividadas, mostram os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimpl�ncia do Consumidor (Peic), da Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de S�o Paulo (FecomercioSP).

De acordo com a pesquisa, em apenas um m�s, mais de 60 mil lares entraram para a estat�stica. Com o poder de compra reduzido em decorr�ncia da infla��o, as fam�lias t�m buscado o cart�o de cr�dito - sobretudo o parcelamento -, como v�lvula de escape para a manuten��o do consumo, levando a modalidade tamb�m a ser recordista no m�s, com 80,9% entre os endividados.

Apesar do cen�rio, os dados apontam para uma leve queda da inadimpl�ncia, de 19,5% em junho para 19,1% em julho. Mesmo com a queda mensal, o n�vel ainda est� historicamente alto.

O recorte de faixa de renda demonstra que o avan�o dos endividamentos, mensal e anual, tem atingido tanto as fam�lias que ganham at� dez sal�rios m�nimos quanto as que recebem mais. No entanto, os porcentuais de endividamento e de inadimpl�ncia s�o maiores entre o primeiro grupo, j� que as fam�lias com renda mais baixa tamb�m est�o menos propensas a consumir.

Enquanto as fam�lias mais bem remuneradas elevaram a inten��o de consumo em 1,5%, atingindo 88,3 pontos, o �ndice para as com menor poder aquisitivo caiu 1,2%, retornando para 60,4 pontos.

A insatisfa��o com as condi��es econ�micas est� principalmente ligada � inseguran�a com rela��o ao emprego. No estudo, o item Emprego Atual apresentou queda de 3,4%, a sexta seguida, atingindo os 76,7 pontos.

J� o �ndice de Confian�a do Consumidor (ICC) confirma que a infla��o est� sendo o maior obst�culo para as fam�lias, seja para manuten��o do consumo, seja para aumentar a confian�a: o �ndice cresceu 3,4% em julho, atingindo 111 pontos. Por�m, o resultado foi puxado pela melhora das expectativas, e n�o pelas condi��es atuais.