H� quatro d�cadas produzindo televisores na Zona Franca de Manaus (AM), a Panasonic vai deixar de fabricar esses aparelhos no Brasil. A linha de montagem ser� encerrada em dezembro, com a demiss�o de 130 trabalhadores, 5% do efetivo da empresa no Pa�s - por volta de 2,4 mil hoje.
A subsidi�ria da Panasonic Corporation do Jap�o, que iniciou as atividades no Brasil em 1967 e fatura no mundo US$ 61 bilh�es por ano, mant�m no Pa�s a produ��o de pilhas, eletrodom�sticos da linha branca, som automotivo e equipamentos para empresas, como aparelhos de ar-condicionado para shoppings e hospitais, por exemplo. Al�m disso, estuda a estreia da produ��o local de equipamentos de cuidados pessoais, como aparador de pelo masculino.
Segundo Sergei Epof, vice-presidente de Appliance na Panasonic do Brasil, o encerramento da produ��o de TVs e �udio no Pa�s segue a estrat�gia global tra�ada a partir de 2012 pela companhia para diversificar linhas de produtos, com foco na sustentabilidade do neg�cio.
Em 2012, 80% da receita da companhia no Brasil - que o executivo n�o revela quanto � - resultava da venda de TVs. Hoje, TVs representam 8%. "A estrat�gia escolhida foi crescer em outros pilares para n�o depender de um neg�cio s�." A companhia j� deixou de produzir televisores nos Estados Unidos e no M�xico. Apesar sa�da de TVs no Pa�s, a assist�ncia t�cnica da marca ser� mantida.
Epof diz que a empresa perdeu a verticaliza��o na produ��o de TVs e, com isso, a competitividade tamb�m. "TV tem muito de mem�ria, processadores e a gente n�o produz isso." Quase um ano depois, a empresa repete a decis�o da concorrente Sony, tamb�m japonesa e afetada pela perda de competitividade pelo mesmo problema.
Fuga
O movimento das companhias que atuam em nichos de mercado de TVs deixando de produzir os aparelhos no Pa�s n�o surpreende os especialistas. A sa�da come�ou seis anos atr�s com a holandesa Philips e, agora, est� sendo engrossada pelas marcas japonesas.
Com a entrada maci�a das fabricantes coreanas, como Samsung e LG, e chinesas nesse segmento, as margens de lucro foram achatadas e o ganho come�ou a vir da escala de produ��o, explicam especialistas. Com isso, outras companhias perderam competitividade. Como as marcas japonesas est�o voltadas para produtos espec�ficos para um consumidor de nicho, ficou mais dif�cil para essas fabricantes ganharem dinheiro com TVs, especialmente na venda para o grande varejo, que dita pre�os.
Em Manaus, a empresa continuar� produzindo fornos de micro-ondas, som para carros e placas eletr�nicas usadas na lavadoras e geladeiras fabricadas na unidade de Extrema (MG), onde houve recentemente 120 contrata��es.
O executivo diz que no momento n�o tem condi��es de reaproveitar os 130 funcion�rios da linha de TVs e que apresentou um plano para o Sindicato do Metal�rgicos do Amazonas com benef�cios que superam os previstos em lei para os que ser�o demitidos. A reportagem n�o conseguiu contato com dirigentes do sindicato dos trabalhadores.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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