S�o Paulo, 13 - A BRF registrou preju�zo l�quido de R$ 199 milh�es no segundo trimestre de 2021, ante lucro l�quido de R$ 307 milh�es reportado no segundo trimestre do ano passado, informou a companhia em comunicado no fim da tarde desta quinta-feira (12).
A receita l�quida proveniente das vendas no per�odo somou R$ 11,637 bilh�es, aumento de 27,8% sobre os R$ 9,104 bilh�es de igual trimestre de 2020. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, deprecia��o e amortiza��o) ajustado da BRF alcan�ou R$ 1,271 bilh�o de abril a junho deste ano, alta de 23,2% ante o R$ 1,031 bilh�o do mesmo intervalo do ano anterior. A margem do Ebitda ajustado foi de 10,9%, ante 11,3% na mesma base comparativa. O Ebitda consolidado ficou em R$ 1,294 bilh�o, alta de 10% ante o R$ 1,177 bilh�o reportado no ano passado.
Em comunicado enviado � imprensa, a BRF informou que a d�vida l�quida ficou em R$ 14,791 bilh�es, R$ 527 milh�es a menos que o reportado de abril a junho de 2020. Com isso e diante dos efeitos negativos da varia��o cambial, a companhia encerrou o trimestre com o �ndice de alavancagem (rela��o entre d�vida l�quida e Ebitda) em 2,73 vezes, contra 2,96 vezes no primeiro trimestre do ano.
A empresa disse ainda que gerou R$ 660 milh�es em caixa operacional no per�odo. Entretanto, o fluxo de caixa livre apontou consumo de R$ 2,168 milh�es. Segundo a BRF, "o aumento do custo dos gr�os, estoque de produtos acabados e maior volume de vendas aumentaram aloca��o de capital de giro no trimestre em R$ 218 milh�es". O capex para investimentos, por outro lado, totalizou R$ 882 milh�es no trimestre, ante R$ 588 milh�es em igual per�odo de 2020.
Em rela��o �s vendas, no segundo trimestre do ano a BRF comercializou 1,070 milh�o de toneladas de produtos, uma queda de 1,6% em compara��o com as 1,087 milh�o de toneladas de um ano antes.
No Brasil, o crescimento de 24,8% na receita l�quida, que passou de R$ 4,663 bilh�es para R$ 5,817 bilh�es de um ano para o outro, ajudou a amenizar os efeitos dos custos mais altos de produ��o, disse a empresa. O maior faturamento foi impulsionado pelo volume comercializado de carne de aves e su�nos in natura e produtos processados, que somou 570 mil toneladas, 2,7% a mais na mesma base comparativa. Do total, 84,2% dos produtos vendidos fazem parte do mix de valor agregado, a maior participa��o j� registrada pela empresa. O pre�o m�dio dos produtos subiu 21,5% mesmo em uma conjuntura de crise econ�mica, para cerca de R$ 10,20 o quilo.
J� no segmento internacional, a receita l�quida foi de R$ 5,428 bilh�es, alta de 29% sobre o per�odo encerrado em 30 de junho de 2020. O volume de vendas chegou a 499 mil toneladas, aumento de 7,7% em rela��o �s 463 mil toneladas comercializadas um ano antes.
O pre�o m�dio dos produtos em reais cresceu 19,7%, para R$ 10,88 o quilo. O principal destaque � a opera��o para a �sia, cuja demanda continua aquecida para aves e su�nos. A receita proveniente do mercado asi�tico aumentou 24,8% no segundo trimestre do ano, para R$ 1,777 bilh�o. Segundo a BRF, o continente asi�tico vem registrando forte recupera��o da do consumo, especialmente a China, o Jap�o e a Coreia do Sul.
"Na China, a demanda por prote�na permanece aquecida, o que se reflete no crescimento de volume tanto para su�nos (+11,9%) quanto para frango (+9,5%), na compara��o com o segundo trimestre de 2020. Os pre�os de exporta��o para China da carne su�na tamb�m continuam em patamares elevados e com sinais de recupera��o da demanda interna, com eleva��o dos pre�os em d�lares de carne su�na em 3,7% versus o primeiro trimestre deste ano", disse a empresa, em nota.
Al�m disso, as exporta��es diretas da BRF somaram 176 mil toneladas, alta de 23,1%, com receita de R$ 1,550 bilh�o, aumento de 61,1%, na compara��o anual. Segundo a empresa, isso � reflexo do avan�o da demanda internacional, al�m do hedge cambial de R$ 185 milh�es ante o mesmo per�odo do ano anterior.
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