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Estado de Minas ECONOMIA

Banco Central monta curso de educa��o financeira para alunos da rede p�blica


14/08/2021 10:00

PLA-POU-CR�. Parece um trava-l�ngua, mas � a base do programa de educa��o financeira que o Banco Central quer levar a 100 mil escolas municipais, estaduais e federais do Ensino Fundamental: planejamento (PLA), poupan�a (POU) e cr�dito (CR�) s�o os pilares do Aprender Valor, que tem como objetivo chegar a 5 milh�es de alunos at� o fim de 2022.

A primeira perna aborda o or�amento, o entendimento do dinheiro que entra e que sai. A segunda trata do conceito de economizar e � levado ao estudante, por exemplo, a diferen�a de poupan�a passiva (a que � feita com as sobras de recursos) e a ativa (que � separada no momento inicial de um pagamento). A terceira aborda os diferentes tipos de financiamento e empr�stimos.

"Talvez a crian�a n�o aproveite o CR� porque n�o tem acesso ao sistema financeiro, ou tenha alguma dificuldade com o POU porque os recursos s�o escassos, mas quero incutir nela o conceito", afirma o diretor de Relacionamento Institucional do BC, Maur�cio Moura. "Quero que saiba que, se guardar R$ 1 ou R$ 2 de R$ 10, mesmo que seja obtido na rua, e gaste os outros R$ 8, quando chegar ao final de um ou dois meses pode ter uma quantia de dinheiro que ela n�o tinha", diz.

O projeto-piloto teve in�cio em abril em cinco Estados (Par�, Cear�, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paran�) e no Distrito Federal. De 429 escolas, o Aprender Valor passou a ser usado em 10,4 mil. O n�mero de munic�pios saltou de 257 para 1.630, com representantes de todas as regi�es. O universo de 36 mil estudantes na fase inicial se multiplicou para 308 mil. Mais para frente ser� aberta a segunda fase, que ter� in�cio em 2022, quando o objetivo � chegar a 5 milh�es de alunos. Moura est� confiante de que muito mais ades�es ocorram, j� que a primeira fase ainda contou com momentos de incerteza da volta �s aulas p�s-pandemia.

O p�blico-alvo, sem d�vida, s�o os estudantes, mas a inten��o do projeto � envolver ao m�ximo os professores, um total de 1,2 milh�es de profissionais. "Muitas vezes, os professores n�o t�m educa��o financeira nem para gerir seu pr�prio recurso e t�m pouco tempo para desenvolver programas de educa��o financeira", afirmou o diretor do BC. Por isso, paralelamente ao conte�do para as crian�as, eles contam com um curso de finan�as pessoais.

'Curso puxado'

Glaucia Bravin, diretora da Escola Estadual Braz Sinigaglia, de Bataypor�, uma cidade de 11,3 mil habitantes no interior do Estado de Mato Grosso do Sul, teve sua escola selecionada e implantou o Aprender Valor aos 35 alunos do 5.� ano fundamental. "O programa traz coisas novas at� para n�s, professores, diretores e coordenadores. A gente acha que sabe do assunto porque n�o deve para ningu�m, mas n�o � isso coisa nenhuma. O curso � bem puxado e atual", disse. "At� eu, que sou professora de matem�tica, tive de parar em alguns momentos para refletir sobre o tema."

O programa para os alunos � voltado para os anos �mpares do Ensino Fundamental e vai prontinho para o professor: desde a prepara��o da aula, o material a ser utilizado e a forma de se fazer a avalia��o. No geral, os 35 projetos a serem usados de cinco a 10 aulas s�o feitos de forma transversal, ou seja, dentro de uma disciplina j� prevista na grade curricular das escolas, como matem�tica, portugu�s, hist�ria ou geografia.

Para colocar o projeto de p�, o BC participou de um edital para obter financiamento do Fundo de Direitos Difusos (FDD). O programa foi aprovado e a autoridade monet�ria recebeu R$ 11 milh�es, que ser�o usados at� 2022. O BC tinha o conhecimento de educa��o financeira, mas precisava de uma parceria para levar a proposta mais pr�xima das escolas. Por isso, com os recursos contratou o Centro de Pol�ticas P�blicas e Avalia��o da Educa��o da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), que desenvolveu o conte�do e fez a intera��o com as secretarias de Educa��o.

Foi criada, ent�o, uma plataforma online onde os professores, coordenadores e diretores registram a escola, as turmas e os alunos. "Com essa plataforma, eu chego ao Brasil todo ao mesmo tempo. N�o preciso estar no Amazonas ou no Rio Grande do Sul para fazer isso", disse Moura.


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