O Magazine Luiza lan�ou nesta ter�a-feira, 17, uma s�rie de programas voltados para os lojistas virtuais da plataforma. De maquininhas a incentivos para os empreendedores que venderem mais, a estrat�gia da companhia � crescer o n�mero de sellers e seus n�veis de servi�os junto com uma alta de vendas e receita para a sua plataforma, que funciona como marketplace.
A primeira novidade foi o lan�amento de tr�s maquininhas para comerciantes e uma conta para pessoas jur�dicas, al�m de dar descontos progressivos em taxas, a lojistas de suas plataformas que atinjam determinados patamares de crescimento. Segundo o diretor de fintech da companhia, Robson Dantas, a estrat�gia �, por meio dos novos servi�os financeiros, trazer novos lojistas virtuais para a plataforma e aumentar o relacionamento com eles.
O an�ncio acontece um dia depois de o chin�s AliExpress abrir sua plataforma para lojistas brasileiros com taxas de 5% e 8% (bem menores do que as praticadas nos marketplaces j� presentes no Pa�s) e de a Via reduzir suas taxas para lojistas menores. No Magazine Luiza, as taxas funcionam da seguinte maneira: 3,99% para as vendas dos chamados 'parceiros Magalu', que ainda operam as vendas digitais sem processos automatizados e n�o tem grade volume de vendas; 12,8% para os lojistas que j� t�m volume e, assim, j� tem uma infraestrutura mais automatizada no cadastramento de produtos e gest�o e 16% para vendedores nesse mesmo patamar, que antecipam receb�veis com a companhia.
H� tr�s op��es de maquininhas do Magalu. A primeira custa 10 parcelas de R$ 19,90, � simples e depende da conex�o de um celular. A segunda, que tem a parcela de R$ 29,90, atende a um com�rcio m�dio. E a �ltima, chamada 'smart', tem parcelas mensais de R$ 49,90, e integra o lojista ao marketplace do Magazine Luiza, de forma que os estoques da loja f�sica e digital do vendedor passam a ser integrados.
J� a conta para pessoa jur�dica n�o tem custos para o lojista. A ideia �, no futuro, oferecer mais servi�os ao comerciante como, por exemplo, um cart�o de cr�dito para empresas.
Questionado se tantos servi�os gratuitos e custos de maquininhas subsidiados n�o devem afetar os n�meros da empresa, como acontece em alguns casos na concorr�ncia, Dantas afirma que o fato de a fintech estar embarcada no aplicativo principal do Magazine Luiza torna os custos de aquisi��o de clientes mais baratos.
B�nus para microempresas
O Magazine ainda abrir� m�o de mais taxas para ganhar volumes. Em outra campanha lan�ada nesta ter�a, que ter� dura��o de tr�s meses, os lojistas que atingirem R$ 10 mil em vendas e crescerem 30% em rela��o ao �ltimo m�s, ter�o desconto de 1 ponto porcentual na taxa paga � plataforma. Se as vendas superarem em 60% o resultado do m�s anterior, o desconto chega a 2 pontos porcentuais.
Caso o lojista fa�a uso da antecipa��o de receb�veis, � poss�vel receber mais 0,5 p.p. em desconto. Al�m disso, para quem vende menos de R$ 10 mil por m�s, as vendas gerar�o cupons para concorrer a vales de R$ 1 mil para compras na plataforma do Magazine Luiza.
O Magazine Luiza anunciou ainda um servi�o de an�ncios. Chamada Magalu Ads, a plataforma permite que os vendedores contratem campanhas de forma aut�noma, estabelecendo quais produtos ser�o anunciados, por quanto tempo e quanto dinheiro ser� investido. A cobran�a � feita por n�mero de cliques que os an�ncios receberem. Assim, no momento da contrata��o do servi�o, o empreendedor recebe uma previs�o de quantos cliques o an�ncio deve receber.
Esse projeto j� era testado desde junho, com cerca de 10 lojistas, e entra no ar agora para alavancar as vendas da empresa, mas tamb�m para ser uma nova fonte de receitas para a companhia, explica Eduardo Galanternick, vice-presidente de Neg�cios do Magazine Luiza.
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Al�m disso, a companhia vai passar a subsidiar o frete gr�tis dos lojistas de acordo com o n�vel de servi�o oferecido por eles ao consumidor final. Quem atingir o n�vel de excel�ncia (97 pontos de NPS) ter� 100% do frete subsidiado pela empresa. Leandro Soares, diretor executivo de Marketplace da companhia, afirma que essa � uma forma de respeitar o princ�pio da empresa de crescer com sustentabilidade, j� que com um n�vel de servi�o melhor nos produtos de terceiros, a empresa tende a vender mais como um todo.
A empresa ainda vai oferecer "entregas ultra r�pidas" em produtos de lojistas virtuais e n�o s� para o seu estoque pr�prio. Essa modalidade de entrega no mesmo dia ou no dia seguinte da compra estar� dispon�vel para lojistas virtuais que j� utilizam a log�stica de entregas do Magazine Luiza e t�m volume de vendas mais altos.
Aqui, a proposta � retirar os produtos das lojas f�sicas dos sellers, sem manter, ao menos por enquanto, o estoque desses lojistas em um 'fulfillment' do Magalu. O presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, disse que n�o vai for�ar os vendedores a deixar estoques na log�stica da empresa, mas que a plataforma vai oferecer entregas r�pidas para que o vendedor n�o fique "travado". Ele lembra que quando o lojista deixa produtos nos centros de distribui��o de uma varejista, n�o pode vend�-los por outra plataforma.
Brasil para os brasileiros
Trajano, disse - em evento com lojistas da plataforma -, que n�o h� mais volta para a digitaliza��o que o com�rcio brasileiro viveu nos �ltimos meses. No entanto, ele pontua que vendedores de produtos importados tamb�m se beneficiam com esse crescimento. "N�o podemos perder esse mercado (e-commerce) para 'sellers' gringos", afirmou.
Ele pontuou que a afirma��o n�o carrega preconceitos, mas, sim, uma reafirma��o da autoestima dos vendedores brasileiros. "Quem tem de digitalizar o Brasil s�o os sellers brasileiros e, eu gostaria, uma plataforma brasileira", disse. Ele afirma que o diferencial dos vendedores brasileiros deve ser a entrega mais r�pida, a confiabilidade dos produtos e da plataforma. Como pontos das plataformas estrangeiras, ele pontua a variedade de produtos e pre�o.
Ele afirma que a abertura do AliExpress para vendedores brasileiros n�o se trata de uma amea�a ao seu neg�cio, pois o Magalu est� focado em ampliar a log�stica, entregas r�pidas e meios de pagamento aos clientes daqui, enquanto as demais plataformas como AliExpress e Shopee, ainda est�o voltando a maior parte dos seus neg�cios para a venda de cross border (quando o consumidor compra de forma online de lojistas localizados fora do Pa�s).
Trajano diz que o Magalu pode vir a fazer vendas de cross border. No entanto, pontua que, assim como com os lojistas virtuais brasileiros, esses vendedores t�m de ser regularizados. Ele defende, ali�s, que o governo brasileiro deveria impor a obrigatoriedade de emiss�o de notas para os produtos vendidos em marketplaces no Brasil. "Aqui n�o � camel�dromo digital. Se est� aqui, � s�rio", disse Trajano em uma men��o ao fato da companhia s� trabalhar com sellers que emitem nota fiscal.
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