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Estado de Minas ECONOMIA

Economia entra no 'modo elei��o' e indicadores de 2022 d�o sinal de piora


19/08/2021 17:00

Uma reuni�o realizada ontem entre diretores do Banco Central e analistas de institui��es financeiras deixou clara a preocupa��o do mercado: a economia entrou no "modo elei��o", e isso significa risco para as contas p�blicas, em um momento de proje��es piorando tanto para a infla��o quanto para os juros e o PIB em 2022.

"No geral, todo mundo est� batendo na tecla de que a elei��o j� come�ou", resumiu um participante do encontro. "O vi�s mais negativo para o fiscal e o aumento da incerteza est�o se refletindo no crescimento do ano que vem, sem necessariamente uma contrapartida da infla��o." Ou seja, o mercado j� prev� um crescimento menor da economia, em um cen�rio de infla��o ainda alta.

O BC faz reuni�es peri�dicas, fechadas, com analistas do mercado para colher informa��es para a confec��o do Relat�rio Trimestral de Infla��o. Foram 42 analistas ontem. Pelo BC, participaram os diretores de Pol�tica Econ�mica, Fabio Kanczuk; de Pol�tica Monet�ria, Bruno Serra; e de Assuntos Internacionais, Fernanda Guardado. Eles n�o respondem a perguntas, apenas ouvem os analistas. Segundo fontes, os analistas indicaram que a proje��o mais baixa para a taxa b�sica de juros, a Selic, no fim do ciclo de alta iniciado este ano � de 7,5%, variando a at� 8,5%. "Mas todos com vi�s de alta", destacou um profissional. Para a infla��o, a expectativa para este ano ficou em torno de 7,5% e, para 2022, entre 3,5% (centro da meta) e um pouco acima de 4%. "H� pouca gente convencida de 3,5%, e quem se manifestou nesse sentido apontou vi�s para cima", disse uma fonte.

No �mbito fiscal, os participantes relataram preocupa��o com a preserva��o do teto de gastos, em meio � discuss�o sobre as mudan�as no pagamento dos precat�rios e o financiamento do Aux�lio Brasil (novo nome do Bolsa Fam�lia). "O risco fiscal foi dominante na conversa. � a preocupa��o de todo mundo", disse outro economista.

Em rela��o ao crescimento econ�mico, um participante mencionou que o cen�rio este ano est� "dado", com proje��es de 5% a 6%, gra�as ao carrego estat�stico elevado, mas que o ano que vem ser� mais desafiador. "Para a atividade econ�mica, a vis�o geral � de desacelera��o, com crescimento entre 1% e 2% em 2022. A maioria v� perto de 2%", disse outro analista.

Incerteza

O economista-chefe da consultoria LCA, Braulio Borges, destaca, por�m, que o crescimento mais pr�ximo de 2% est� em risco tanto pela situa��o fiscal como pela incerteza pol�tica criada pelas amea�as do presidente Jair Bolsonaro � elei��o de 2022. "Isso inibe as decis�es de investimento e de consumo. A� a economia entra num c�rculo vicioso: ela cresce menos, o governo arrecada menos e a situa��o fiscal piora."

Borges, que n�o esteve na reuni�o do BC, acrescenta que o debate em torno dos precat�rios acentuou a preocupa��o dos analistas em rela��o ao fiscal, deteriorando o pre�o dos ativos. "A percep��o de que h� um risco de se estourar o teto de gastos aumentou. Isso se reflete no c�mbio." Ontem, o d�lar fechou a R$ 5,3759, maior patamar desde maio, com alta de 2%. J� a Bolsa caiu 1% e atingiu o menor patamar desde 1� de abril, ao encerrar a 116,6 mil pontos.

Para a economista Zeina Latif, as medidas que v�m sendo sugeridas pelo governo ainda indicam que Bolsonaro dever� encerrar o mandado com o Pa�s em uma situa��o pior do que a de 2018. "� uma piora institucional do ponto de vista fiscal. Se est� perdendo a credibilidade fiscal. Hoje o debate � o precat�rio, amanh� � o Bolsa Fam�lia e assim vai."

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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