O risco de algum concorrente ficar com os Correios, em um eventual processo de privatiza��o da estatal, n�o � uma novidade no caminho da atua��o das empresas de e-commerce do Pa�s, afirmou nesta segunda-feira, 23, a gerente comercial do AliExpress, Viviane Almeida. "� amea�a que temos h� muito tempo; � um ponto de aten��o", disse.
Quanto ao interesse da empresa chinesa no ativo, ela diz "n�o ter informa��o".
No entanto, ela garante que o AliExpress se move rapidamente para n�o ficar dependente apenas desse parceiro log�stico. "Na evolu��o do projeto, em curt�ssimo prazo, vamos colocar outros parceiros log�sticos", comentou.
O diretor de "Local to Local" da companhia, Yaman Alpata, afirma que a empresa investe fortemente para ampliar sua malha log�stica no Pa�s, tendo o plano de abrir um centro de distribui��o pr�prio o mais r�pido poss�vel.
Como parceiros financeiros, al�m da carteira virtual Alipay, tamb�m do grupo Alibaba, o AliExpress tem a Stone para processar pagamentos e o BTG para ajudar na valida��o de novos lojistas virtuais, j� que a plataforma exige ao menos que esses vendedores sejam formalizados com CNPJ.
Sobre cr�ticas da concorr�ncia a "plataformas chinesas" pela falta de emiss�o de notas e produtos falsificados, Alpata afirma que o AliExpress segue as regras dos mercados em que atua e tem medidas para combater a presen�a de produtos ilegais em seu com�rcio eletr�nico. "Devem ter se referido a outra empresa chinesa. Cada um deve olhar a sua plataforma", disse Alpata.
Projeto est� no Congresso
Numa vit�ria para a agenda de privatiza��es do governo Bolsonaro e sob cr�ticas da oposi��o, a C�mara dos Deputados aprovou no in�cio do m�s o projeto de lei que abre caminho para a venda dos Correios. Com o aval do Congresso, o governo planeja fazer o leil�o da estatal no primeiro semestre de 2022 e se desfazer de 100% da empresa. O texto ainda precisa passar por vota��o no Senado.
Para justificar a privatiza��o da Empresa Brasileira de Correios e Tel�grafos (ECT), que tem mais de 90 mil empregados e foi criada em 1969, o governo afirma que h� uma incerteza quanto � autossufici�ncia e capacidade de investimentos futuros da companhia.
Na avalia��o do Executivo, isso refor�a a necessidade da privatiza��o para evitar que os cofres p�blicos sejam respons�veis por investimentos de R$ 2 bilh�es ao ano.
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