O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez nesta quarta-feira, 25, uma defesa da proposta de reforma tribut�ria do governo e disse que a inten��o � reduzir os impostos das empresas e do setor produtivo. "Cada vez que a arrecada��o (de impostos e contribui��es) subir, vamos reduzir impostos", disse o ministro durante lan�amento da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo.
O ministro destacou que hoje a carga tribut�ria das empresas no Brasil � de 35% do PIB e a m�dia � de 23,5%. "Se aprovarmos a reforma tribut�ria, n�s vamos cair de 35% para 23% em um ano. Se a arrecada��o continuar da forma que est�, vamos reduzir mais no ano que vem. A nossa ideia � ir reduzindo cada vez que a arrecada��o avan�ar mais. Ao inv�s de abra�armos essa arrecada��o melhor, n�s queremos transformar isso em redu��o de impostos", refor�ou.
Ele defendeu a reforma por etapas, como prop�s o governo. Segundo ele, a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) ampla da reforma que est� no Senado, na verdade, "era um brutal aumento de imposto". "Imposto em excesso, para juntar tudo e arrecadar a mesma coisa, o IVA ia ser de 30%", disse.
O ministro ainda voltou a defender o imposto sobre transa��es que, segundo ele, seria para acabar com o "imposto maldito" sobre a m�o de obra. Mas ele lembrou que, como n�o teve boa aceita��o, a proposta n�o foi adiante. Guedes afirmou que ningu�m vai perder receita na reforma. "Se algu�m perder arrecada��o na reforma, a Uni�o � s�cia."
Segundo Guedes, o governo est� em busca de um ciclo longo de 10 anos de crescimento. "Transformar uma recupera��o c�clica, baseada no consumo que foi aux�lio emergencial, ajuda aos mais fr�geis, n�s queremos transformar isso num boom estrutural, baseado em investimentos", completou.
"(Os cr�ticos) j� transferiram o colapso (da economia) para 2022, mas vamos continuar crescendo", afirmou o ministro em refer�ncia ao que chamou de "negacionistas" que apostam no mau desempenho da economia. "Vamos continuar crescendo, exatamente porque o Congresso est� operante."
O ministro reconheceu a alta da infla��o, mas lembrou que a infla��o est� crescendo no mundo inteiro, at� mesmo nos Estados Unidos. "Vamos ver quem lida melhor (com a quest�o)", disse.
Guedes aproveitou para fazer uma defesa da autonomia do Banco Central e disse que o "BC independente impede que aumentos setoriais transit�rios virem permanentes", assim como "garante que os efeitos de transmiss�o (da infla��o) sejam interrompidos". Segundo ele, essa � a fun��o de um banco central independente.
Segundo o ministro, nunca os fundamentos fiscais do Pa�s estiveram t�o tranquilos. "Nunca a arrecada��o esteve t�o forte, o que significa que o Brasil se levantou (depois da crise) e a arrecada��o veio junto", enfatizou. "Quem diz que o Brasil n�o vai crescer em 2022 n�o entendeu nada do que est� acontecendo", completou.
Guedes destacou n�meros do balan�o do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) em dois anos e meio de governo e disse que est�o contratados R$ 544 bilh�es em investimentos para os pr�ximos 10 anos. "J� temos meio trilh�o de investimentos contratados para os pr�ximos 10 anos. O Brasil � a maior fronteira de investimentos em saneamento, petr�leo e g�s e cabotagem."
O ministro destacou ainda os R$ 120 bilh�es que o governo recebeu de outorgas do setor privado. "Se agirmos, o Brasil vai embora 10 anos seguidos, n�o vai parar", afirmou.
ECONOMIA