Aneel mant�m bandeira vermelha n�vel dois nas contas de luz em setembro

A Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 27, que as contas de luz v�o continuar com a bandeira vermelha em seu segundo patamar em setembro. Hoje, os consumidores pagam uma taxa adicional de R$ 9,49 a cada 100 qulowatts-hora (kWh) consumidor, mas esse valor deve subir no pr�ximo m�s, conforme mostrou o Broadcast.

O tema passou a ser tratado como prioridade pela equipe econ�mica, diante do efeito sobre a infla��o. O Minist�rio da Economia defende um reajuste mais baixo, entre R$ 14 e 15 a cada 100 kWh consumidos, a vigorar entre setembro e maio. J� a Aneel calculou que seria necess�rio um valor mais alto, por volta de R$ 25 a cada 100 kWh, at� dezembro deste ano, com possibilidade de retorno aos atuais R$ 9,49 em janeiro.

Ainda n�o h� previs�o para quando a ag�ncia reguladora ir� definir o novo valor da bandeira vermelha 2. O �rg�o pode convocar reuni�o extraordin�ria para analisar o tema at� ter�a-feira, 31, para que o reajuste j� passe a valer em setembro. Tamb�m � poss�vel que a diretoria colegiada se re�na ao longo da pr�xima semana e defina a corre��o com efeitos retroativos a 1� de setembro.

� o quarto m�s consecutivo que a Aneel aciona a bandeira vermelha patamar 2. De acordo com a ag�ncia, agosto foi um m�s de "severidade" para o regime hidrol�gico do sistema el�trico, pois as aflu�ncias (quantidade de �gua que chega aos reservat�rios-)continuaram entre as mais cr�ticas j� registradas.

"A perspectiva para setembro n�o deve se alterar significativamente, com os principais reservat�rios do SIN Sistema Interligado Nacional atingindo n�veis consideravelmente baixos para essa �poca do ano. Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produ��o hidrel�trica e necessidade de acionamento m�ximo dos recursos termel�tricos", diz o comunicado.

Em junho, a ag�ncia j� havia aprovado um reajuste de 52% na bandeira vermelha 2, que foi de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh. J� nessa ocasi�o, a ag�ncia admitiu que o valor n�o seria suficiente para fazer frente �s despesas com as usinas t�rmicas e abriu uma consulta p�blica para discutir uma nova alta. A proposta previa um reajuste para at� R$ 11,50.

O valor, no entanto, foi proposto antes de o governo admitir uma "relevante piora" nas previs�es para o cen�rio h�drico e nas proje��es para os pr�ximos meses. C�lculos da ag�ncia reguladora apontam que as medidas adotadas pela C�mara de Regras Excepcionais para a Gest�o Hidroenerg�tica (Creg), grupo presidido pelo Minist�rio de Minas e Energia (MME) e criado por meio da Medida Provis�ria 1055 devem custar entre R$ 2,4 bilh�es a R$ 4,3 bilh�es.

Sistema de bandeiras

O sistema de bandeiras tarif�rias foi criado em 2015 e sinaliza ao consumidor o custo da gera��o de energia el�trica no Pa�s. Na pr�tica, as cores e modalidades (verde, amarela ou vermelha) indicam se haver� ou n�o cobran�a extra nas contas de luz.

A bandeira verde, quando n�o h� cobran�a adicional, significa que o custo para produzir energia est� baixo. O acionamento das bandeiras amarela e vermelha representa um aumento no custo da gera��o e a necessidade de acionamento de t�rmicas, o que est� ligado principalmente ao volume dos reservat�rios e das chuvas.