O consumo de eletricidade no Brasil foi recorde em julho, atingindo 39.950 gigawatts/hora (GWh), alta de 5,7% contra igual m�s do ano passado, segundo a Resenha Mensal da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE). O desempenho foi puxado principalmente pela ind�stria, que registrou o maior consumo de energia para o m�s de julho desde 2014, uma alta de 9,8% na compara��o anual.
O aquecimento da atividade econ�mica acontece pelo avan�o da vacina��o no Pa�s, mas coincide com a pior estiagem dos �ltimos 91 anos, que tem reduzido a gera��o de energia das usinas hidrel�tricas para os piores n�veis da hist�ria e obrigado o governo a fazer campanhas para redu��o do consumo.
O consumo de eletricidade acumulado nos �ltimos 12 meses totalizou 495.829 GWh, eleva��o de 5,2% comparada ao per�odo anterior. Todas as regi�es do Pa�s apresentaram expans�o no consumo de energia el�trica em julho: Sul (7,7%), Nordeste (6,9%), Norte (5,4%), Sudeste (5,1%) e Centro-Oeste (2,5%).
A Regi�o Sul apresentou o maior consumo industrial de energia no m�s, com alta de 11,1%, seguido pelo Norte (10,6%) e Sudeste (10,5%), e depois pelo Nordeste (8,4%) e Centro-Oeste (2,6%). Entre os Estados, o destaque foi Alagoas, com alta de 51,8%, puxada pelo efeito base baixa de compara��o do setor qu�mico em rela��o ao mesmo m�s de 2020. Mas S�o Paulo, que re�ne o maior parque produtivo do Pa�s, adicionou um consumo de 509 GWh em julho, registrando alta de 13,7% contra julho do ano passado.
Segmentos
Segundo a EPE, todos os dez segmentos mais eletrointensivos da ind�stria aumentaram o consumo em julho. Metalurgia liderou, com alta de 11,7%, impulsionada por siderurgia e alum�nio prim�rio principalmente no Sudeste e no Norte - o segmento demandou mais 388 GWh de carga no m�s passado.
Em seguida vieram os produtos qu�micos, com mais 168 GWh, ou alta de 11,8% em um ano, com destaque para resinas termopl�sticas no Sudeste e cloro-soda e fertilizantes no Nordeste. Os produtos de minerais n�o met�licos aumentaram o consumo de energia em 14,8%, ou mais 167 GWh no Sudeste e no Sul, puxado por reformas, autoconstru��o e obras do setor imobili�rio.
Os segmento t�xtil (22,5%) e automotivo (21,5%),continuam apresentando as maiores taxas de expans�o, com o bom desempenho ainda alavancado pelo efeito base baixa, embora este efeito tenha sido atenuado pelo in�cio da recupera��o destes setores em julho de 2020, informou a EPE.
A classe comercial apresentou eleva��o de 9,8% no consumo de energia el�trica em julho, mas a taxa de crescimento foi menor do que as registradas no segundo trimestre deste ano, j� que julho de 2020 marcou o in�cio da recupera��o do setor a partir da intensifica��o da flexibiliza��o das medidas de distanciamento social.
"O avan�o do setor de servi�os foi o que mais contribuiu para a expans�o do consumo comercial no m�s", afirmou a EPE.
Residencial
A classe residencial teve queda de consumo de 0,5%, puxada pela Regi�o Sudeste e justificada pelas temperaturas mais amenas do que em julho de 2020.
O consumo de energia el�trica no Sudeste caiu 2,3%, com destaque para o Rio de Janeiro (-3,7%) e S�o Paulo (-3,5%). O Norte teve queda de 0,9% e o Centro-Oeste, de 0,4%. A Regi�o Sul (1,8%) registrou aumento do consumo de energia el�trica em julho, com os Estados afetados por temperaturas muito baixas, demandando o aumento do uso de equipamentos el�tricos para aquecimento das resid�ncias. No Nordeste, a alta do consumo residencial foi de 2,2%.
"Embora atenuado, o efeito base baixa ainda alavanca a taxa de expans�o do mercado livre, que apresentou alta de 14,8% no consumo no m�s, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia el�trica cresceu 0,4%. A contribui��o do efeito base baixa foi anulada na taxa de mercado cativo, por este abranger a totalidade do consumo residencial, a classe de melhor desempenho em julho do ano passado", explicou a EPE.
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