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Estado de Minas ECONOMIA

Grupo chileno Vitamina chega ao Pa�s e j� soma 29 escolas de educa��o infantil


31/08/2021 17:00

A chegada ao Pa�s do grupo chileno Vitamina marca uma nova etapa no mercado da educa��o privada brasileira. Depois dos ensinos superior, m�dio e fundamental, os neg�cios agora se voltam para o atendimento de crian�as de 0 a 5 anos. Desde 2020, o grupo j� comprou 29 escolas de educa��o infantil em S�o Paulo e deve chegar a 40 nas pr�ximas semanas.

A oportunidade de neg�cios ganhou for�a com a pandemia. Muitas escolas perderam grande parte da receita, j� que s� h� obrigatoriedade de matr�cula no Pa�s a partir dos 4 anos de idade, e o ensino online n�o � recomendado para crian�as pequenas. Para especialistas no setor, no entanto, h� desafios. A educa��o infantil � considerada a mais complexa de se operar porque s�o poucos alunos por professor, n�o h� provas ou testes de desempenho e as fam�lias costumam ter uma rela��o emocional com as escolas.

Mas a Vitamina aposta na valoriza��o da educa��o na primeira inf�ncia, que cresceu nos �ltimos anos ap�s pesquisas mostrarem a import�ncia do est�mulo adequado antes dos 5 anos para o desenvolvimento do indiv�duo e para a economia.

"H� 20 anos, a educa��o infantil era um lugar para a crian�a brincar antes de ir para a escola. Hoje, sabemos que nessa etapa se desenvolvem quest�es cognitivas, mas h� poucos programas, curr�culos menos profundos", disse ao Estad�o o fundador e CEO do Grupo Vitamina, Alejandro Bascu��n. "Estamos muito concentrados em Santiago. O Brasil � a oportunidade para aumentar de tamanho."

Ele diz que n�o h� uma meta de n�mero de escolas brasileiras que pretende comprar, mas avisa que a empresa "deve se tornar maior no Brasil do que no Chile". Bascu��n tamb�m pretende expandir para outros Estados e mais pa�ses latino-americanos. Hoje, a Vitamina � uma empresa de 15 anos, com 65 centros de educa��o infantil no Chile, todos com estrutura padronizada.

Em S�o Paulo, segundo Bascu��n, as escolas compradas manter�o seus nomes e equipes. Os projetos pedag�gicos e as estruturas ser�o acompanhados para indicar ou n�o adapta��es. O CEO afirmou que as salas ter�o, no m�ximo, 10 ou 12 alunos para cada professor. A inten��o � de ganhar escala na administra��o, alimenta��o, seguran�a e no treinamento dos profissionais.

Um dos acionistas minorit�rios do Grupo Vitamina � a Pen�nsula Participa��es, empresa da fam�lia de Ab�lio Diniz. Segundo fontes, Ana Maria Diniz, filha do empres�rio e respons�vel pelas iniciativas de educa��o na Pen�nsula, teria influenciado na vinda da Vitamina para o Pa�s.

Aquisi��es

Entre as compras, h� a Escola Jacarand�, refer�ncia em educa��o infantil, com 27 anos, que fica em Higien�polis e tem mensalidades de R$ 2,7 mil para meio per�odo. H� outras menores, com estrutura bem simples, como a Luxor, em Santos. Muitas delas s�o bil�ngues, como Bee Kids, no Itaim, Building, no Campo Belo, Playcare, em Moema, e Baby School, em Osasco. A maioria � de escolas familiares e conhecidas apenas nos bairros. A Vitamina n�o divulgou o valor das aquisi��es nem quanto pretende investir no Pa�s.

"� um momento em que as escolas est�o descapitalizadas, e uma oportunidade de sair do neg�cio sem d�vida", diz o diretor de uma das escolas compradas, que pediu para n�o ter seu nome divulgado. Para ele, � muito dif�cil a educa��o infantil ser lucrativa. A pandemia piorou o cen�rio, com descontos nas mensalidades e perda de alunos. "No espa�o em que voc� coloca seis beb�s, com lact�rio, ber�os, alimenta��o, poderia colocar 30 alunos maiores."

No Chile, h� unidades que funcionam at� 24 horas, de segunda-feira a domingo. E ainda h� escolas em empresas, como no banco Santander, que bancam parte da mensalidade. A Vitamina tamb�m pretende investir nessa modalidade no Brasil, segundo o gerente-geral no Pa�s, Paulo Serino - vindo da Saber, que tamb�m atua na educa��o b�sica e faz parte da Kroton. "A consci�ncia est� subindo, se a empresa puder dar esse suporte, vai ser mais inclusiva." Aqui, elas podem oferecer aux�lio-creche quando n�o t�m local para os filhos pequenos.

Segundo Eugenio Cordaro, da Corus Consultores, outros grupos devem se interessar pela educa��o infantil. Mas ele diz que as empresas precisam conhecer bem o perfil das fam�lias e ter comunica��o eficiente. "Os pais de crian�as pequenas s�o muito apegados com a escola: quando muda o dono, o risco � alto de ter perda de alunos."

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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