Apesar da queda no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2021, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou nesta quarta-feira que a economia "voltou em V", recuperando-se da recess�o provocada pela pandemia de covid-19. Segundo ele, a queda mostra que a economia ficou "praticamente de lado", ou seja, praticamente est�vel.
"Diziam que eu estava em universo paralelo quando eu dizia que Brasil ia voltar em V", disse o ministro durante o lan�amento da agenda legislativa da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo. "A economia voltou em V, estamos crescendo novamente. Hoje saiu um dado (PIB), � praticamente de lado. Como foi -0,05%, arredondou para -0,1%. Se fosse -0,04% era zero", afirmou.
Guedes disse ainda que o segundo trimestre do ano foi o "mais dif�cil", devido ao novo pico de casos e mortes pela covid-19 e seus impactos na economia. Nesse per�odo, v�rios locais voltaram a impor restri��es � circula��o e refor�aram a ado��o de medidas de distanciamento social.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), o PIB registrou ligeira queda de 0,1% no segundo trimestre em rela��o aos tr�s primeiros meses do ano. O resultado veio abaixo das estimativas de economistas ouvidos pelo Proje��es Broadcast, que esperavam na m�dia um crescimento de 0,2%.
De um lado, a volta do aux�lio emergencial ajudou a dar algum impulso na demanda dom�stica. De outro lado, apesar do recrudescimento da pandemia, que registrou n�meros recordes de mortes em mar�o e abril, as medidas de restri��o ao contato social afetaram menos o funcionamento dos neg�cios do que se imaginava inicialmente. Ainda assim, a ind�stria da transforma��o foi um dos setores com perda no segundo trimestre do ano.
No primeiro trimestre de 2021, a economia havia surpreendido com um aumento de 1,2% no PIB na compara��o com os tr�s �ltimos meses de 2020. A retomada do in�cio do ano foi puxada por atividades voltadas para a exporta��o, como a agropecu�ria e a ind�stria extrativa, enquanto a demanda interna foi mais morna.
Apesar do desempenho negativo da economia entre abril e junho, o Minist�rio da Economia avaliou em comunicado divulgado mais cedo que o Pa�s tem tido uma recupera��o econ�mica mais r�pida que outros pa�ses.
"Mais relevante do que observar o n�mero do crescimento � analisar a sua qualidade", disse a pasta. A Economia tamb�m destacou que a recupera��o vem sendo puxada pelo setor privado, com aumento de investimentos e poupan�a.
O minist�rio listou ainda "a n�o continuidade da consolida��o fiscal, o recrudescimento da pandemia e o risco h�drico" como os principais riscos � recupera��o esperada nos pr�ximos meses. O governo espera um crescimento de 5,3% neste ano, seguido de uma alta de 2,51% no PIB do ano que vem.
Guedes ressaltou ainda que, apesar do recrudescimento da pandemia no segundo trimestre do ano, o governo "manteve responsabilidade fiscal". "Brasil enfrentou desafio extraordin�rio, mas pagando custos", disse. "N�o faltou dinheiro para sa�de, mas mantivemos compromisso de controle das despesas", afirmou.
O ministro disse ainda que o governo tem seguido a agenda proposta desde o in�cio da gest�o e mantido a interlocu��o com empres�rios. Ele reconheceu que "� uma agenda dif�cil", mas afirmou que h� avan�os e repetiu que o Congresso � "reformista". "N�o perdemos a b�ssola, todas as reformas est�o integradas", afirmou.
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ECONOMIA
Para Guedes, economia 'voltou em V' e Pa�s est� 'crescendo novamente'
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