
Um dia depois de o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro , divulgar uma nota em que recuou de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Economia , Paulo Guedes , apostou suas fichas na pacifica��o do pa�s e na continuidade das discuss�es de reformas. "A iniciativa do presidente Jair Bolsonaro ontem colocou tudo de volta aos trilhos", afirmou Guedes, em evento virtual do Credit Suisse.
De acordo com o ministro, a manifesta��o divulgada na quinta-feira deixou claro que Bolsonaro est� jogando dentro das regras e que qualquer excesso verbal foi um "mal entendido". "O presidente n�o sinalizou em nenhum momento que descumpriria as regras democr�ticas. Nosso presidente merece respeito, ganhou a elei��o com mais de 60 milh�es de votos", afirmou. "Nunca aposte contra a democracia brasileira, vamos sempre surpreender."
Guedes disse ainda confiar na coopera��o do Congresso e do STF e disse que j� tinha reuni�es agendadas com os presidente da Corte, da C�mara e do Senado quando as "celebra��es" do dia 7 de setembro "causaram grande ru�do pol�tico".
O ministro minimizou o discurso antidemocr�tico e os ataques ao Supremo Tribunal Federal de Bolsonaro. Ainda comentou sobre a Carta � Na��o do presidente da Rep�blica e disse que foi uma declara��o contra qualquer mal entendido para esclarecer que n�o estava convocando ningu�m contra o STF, o Congresso ou qualquer Poder Constitu�do. "O presidente pode ter ultrapassado os limites no discurso, mas n�o nos atos."
Guedes tamb�m disse que as pessoas s�o humanas, cometem erros e �s vezes ultrapassam "seu territ�rio", mas a beleza do Brasil � de que quando isso ocorre outro Poder reage e todos voltam a seus lugares.
O ministro reconheceu que o n�vel de ru�do est� alto atualmente no Brasil, mas disse que o que ocorreu nos �ltimos dias foi a manifesta��o pac�fica de milh�es de pessoas e a celebra��o da democracia.
Segundo o ministro, a popula��o que foi �s ruas nos protestos a favor do presidente estavam pedindo pela liberdade de express�o e manifestando que "h� pessoas na pris�o por criticar o STF", em refer�ncias aos inqu�ritos de fake news. Mas negou que manifesta��es sejam por viol�ncia ou contra a democracia. "Pessoas manifestam sua opini�o sobre Poderes, outra coisa � convocar viol�ncia contra Poderes", disse, citando tamb�m que houve muito ru�do eleitoral nos EUA.