D�ficit na balan�a comercial do setor chega a US$ 27,2 bi at� agosto, diz Abiquim

O d�ficit na balan�a comercial de produtos qu�micos chegou a US$ 27,2 bilh�es at� agosto, crescimento de 41,7% em rela��o ao mesmo per�odo de 2020. De acordo com dados divulgados nesta ter�a-feira pela Associa��o Brasileira da Ind�stria Qu�mica (Abiquim), no acumulado do ano (janeiro a agosto), as compras de produtos qu�micos vindos do exterior totalizam US$ 36,1 bilh�es, aumento de 35,9% frente ao mesmo per�odo de 2020. As exporta��es, por sua vez, alcan�aram US$ 8,9 bilh�es, avan�o de 21% na compara��o com o valor registrado entre janeiro e agosto do ano passado, resultado da recupera��o dos pre�os m�dios, de 15,2%, dos principais produtos qu�micos exportados pelo Pa�s.

Segundo a Abiquim, o ritmo das importa��es brasileiras em produtos qu�micos, que j� era intenso desde meados do ano passado com o in�cio do processo de retomada da economia simultaneamente ao enfrentamento da pandemia da covid-19, tem se consolidado nos �ltimos meses em um novo patamar, de compras mensais superiores a US$ 5 bilh�es. De acordo com a entidade, desde junho, v�m sendo seguidamente estabelecidos novos recordes mensais em valores e em volumes f�sicos importados.

Em agosto, foram importados US$ 5,8 bilh�es, equivalentes a 5,8 milh�es de toneladas adquiridas pelo Pa�s em produtos qu�micos, resultados que passam a ser os recordes em bases mensais.

As exporta��es brasileiras de produtos qu�micos, por sua vez, t�m permanecido est�veis, em n�veis mensais bastante inferiores ao das importa��es, com vendas m�dias de US$ 1,2 bilh�o, relativas �s expedi��es de 1,3 milh�o de toneladas aos pa�ses de destino das mercadorias nacionais.

Nos �ltimos 12 meses (setembro de 2020 a agosto deste ano), o d�ficit comercial atingiu a marca de US$ 38,2 bilh�es.

O presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, diz que n�o existe Pa�s forte sem uma ind�stria competitiva e afirma que o Brasil tem potencial e capacidade t�cnica para transformar os recursos naturais, em especial relativos ao petr�leo e g�s, em valor e riqueza para o Pa�s. "Os n�meros da balan�a comercial comprovam duas coisas: que a escala do mercado interno �, indiscutivelmente, um ativo estrat�gico nacional e deve que ser preservado a todo o custo de opera��es desleais e ilegais de com�rcio."

Segundo ele, o crescente d�ficit, que ser� recorde em 2021, mesmo com a pandemia, demanda pragmatismo e agilidade na elabora��o imediata de uma agenda de competitividade, alicer�ada em vis�o estrat�gica e em seguran�a jur�dica para o com�rcio e para os investimentos.