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Estado de Minas ECONOMIA

Empresas 'tech' locais sofrem ap�s abertura de capital


22/09/2021 17:00

"Grandes bolhas acontecem em torno de grandes hist�rias." � assim que a gestora Squadra, que ficou conhecida ap�s expor problemas na contabilidade do ressegurador IRB Brasil Re, descreve a situa��o do setor de tecnologia no Pa�s, em um de seus mais recentes relat�rios. A gestora aponta que segmentos da moda podem ter gerado excesso de confian�a nos investidores. Para a Squadra, aberturas de capital de empresas relativamente novas e pequenas tiveram avalia��o de "gente grande". Agora, a conta come�ou a chegar.

H� quem j� esteja sentindo o baque. A Mosaico, dona do site de busca Buscap�, por exemplo, chegou � Bolsa em fevereiro, avaliada em R$ 2,5 bilh�es - e, no preg�o de estreia, quase dobrou de valor, para R$ 4,9 bilh�es. Sete meses depois, no entanto, a companhia de tecnologia amarga queda de cerca de 40% em rela��o ao pre�o do IPO. O presidente da empresa, Maur�cio Casc�o, diz que o mercado brasileiro ainda passar� por uma curva de aprendizado sobre o setor. Ele diz que, ao contr�rio do que mostra o pre�o de seus pap�is, a empresa est� em rota de crescimento.

O caso n�o � isolado. Levantamento da Economatica, a pedido do Estad�o , mostra que apenas tr�s empresas do setor de tecnologia que abriram capital desde o ano passado registram valoriza��o at� o momento. Os destaques s�o a Locaweb, que registra alta de mais de 800% desde fevereiro de 2020, e a companhia de cashback M�liuz, com valoriza��o de quase 400% desde o IPO.

No entanto, a maior parte da companhias j� perdeu pelo menos um quarto e, muita vezes, a metade de seu valor desde a estreia na B3. � o caso da plataforma de contrata��o de servi�os GetNinjas, que recua 27% desde sua abertura de capital. J� o brech� online Enjoei perdeu mais do que 50% de seu valor, mesma situa��o de companhias como Mobly e Westwing. Procuradas, essas �ltimas tr�s empresas n�o concederam entrevista.

Para bancos de investimento e gestores consultados pela reportagem, parte da queda reflete a troca de posi��es das carteiras por investidores diante da maior avers�o ao risco do mercado, tendo em vista o contexto pol�tico e econ�mico no Brasil. Aliado a isso, o cen�rio de aumento de juros e de infla��o amplia ainda mais a press�o sobre empresas que precisam de capital para garantir um elevado grau de crescimento, caracter�stica inerente �s startups.

Fermento na massa

O fundador da gestora KPTL, especializada em investimentos no setor de tecnologia, Renato Ramalho, pondera que o baque no pre�o das a��es n�o ocorreu apenas no setor "tech", mas afetou tamb�m outros segmentos.

Em rela��o �s empresas de tecnologia, Ramalho acredita que haver� um aprendizado, para que os neg�cios cheguem mais maduros ao IPO. O gestor lembra que os investidores de tecnologia entendem que muitas vezes o lucro pode demorar, mas esperam sinais que apontem nessa dire��o.

J� o s�cio da Spiralem e especialista no setor de tecnologia Bruno Diniz afirma que as aquisi��es s�o um dos pilares das empresas de tecnologia para o ganho de escala r�pido. Segundo ele, apesar de investidores estarem trocando posi��es nesse momento de mais volatilidade, em busca de companhias mais tradicionais, a Bolsa vai seguir mudando seu perfil. Logo, as empresas de tecnologia dever�o ganhar espa�o dentro da B3 no m�dio e longo prazos.

Nesse sentido, o movimento da Locaweb tem saltado aos olhos - ela j� fez onze aquisi��es em um ano e meio. J� a M�liuz, que nasceu como uma empresa de "cashback", mas vem se expandindo para outras �reas, j� fez cinco aquisi��es s� neste ano.

Neg�cios em baixa ganham novos s�cios

Enquanto boa parte do mercado castiga as a��es das empresas de tecnologia que chegaram recentemente ao mercado, h� quem olhe para esses ativos como uma oportunidade. Na vis�o da analista de varejo da XP, Danniela Eiger, que acompanha as a��es de Mosaico, Enjoei e Westwing, em um cen�rio de alta de juros � natural que neg�cios que precisam crescer antes de come�ar a dar lucro sofram mais. "Esse fato comprime o valor dessas empresas."

No entanto, h� quem aproveite o momento de press�o para apostar nesses neg�cios e adquirir pap�is com valores mais em conta. O BTG Pactual comprou a��es da Mosaico e, hoje, j� det�m 13,3% da companhia, direta e indiretamente. J� o fundo Dynamo ampliou a posi��o na Enjoei, da qual hoje det�m 5,07%.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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