Apesar de manter o ritmo de eleva��o da Selic (a taxa b�sica de juros) em 1,00 ponto porcentual - de 5,25% para 6,25% ao ano , o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) foi enf�tico no comunicado da decis�o ao reconhecer que a infla��o ao consumidor segue elevada. O colegiado admitiu que a alta nos pre�os dos bens industriais ainda n�o arrefeceu e deve persistir no curto prazo, assim como a eleva��o dos pre�os dos servi�os, que refletem a normaliza��o da atividade no setor.
"Adicionalmente, persistem as press�es sobre componentes vol�teis como alimentos, combust�veis e, especialmente, energia el�trica, que refletem fatores como c�mbio, pre�os de commodities e condi��es clim�ticas desfavor�veis", acrescentou o Copom, que voltou a apontar que as diversas medidas de infla��o subjacente seguem acima do intervalo compat�vel com o cumprimento da meta de infla��o.
Embora tenha havido uma retra��o de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano, o Copom avaliou hoje que a economia brasileira continua mostrando "evolu��o positiva". Por isso, o colegiado n�o alterou seu cen�rio que prev� uma "recupera��o robusta" da atividade ao longo do segundo semestre.
J� sobre o cen�rio externo, o Copom alertou para dois fatores adicionais de risco para o crescimento das economias emergentes. O comunicado cita as revis�es para baixo nas proje��es de crescimento das economias asi�ticas em fun��o do avan�o da variante Delta do novo coronav�rus e a eleva��o de juros em pa�ses emergentes para combater surpresas inflacion�rias.
Ainda assim, o Copom considerou que os est�mulos monet�rios de longa dura��o e a reabertura das principais economias ainda sustentam um ambiente favor�vel para os pa�ses emergentes. "O Comit� mant�m a avalia��o de que questionamentos dos mercados a respeito dos riscos inflacion�rios nas economias avan�adas podem tornar o ambiente desafiador para pa�ses emergentes", acrescentou o documento.
Decis�o
A decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central de elevar a Selic em 1 ponto porcentual, para 6,25% ao ano, refletiu o cen�rio b�sico da autoridade monet�ria e um balan�o de riscos de vari�ncia maior do que a usual para a infla��o prospectiva. O documento enfatizou que a magnitude � compat�vel com a converg�ncia da infla��o para as metas no horizonte relevante e repetiu que esse prazo inclui o ano-calend�rio de 2022 e, em grau menor, o de 2023.
"Sem preju�zo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de pre�os, essa decis�o tamb�m implica suaviza��o das flutua��es do n�vel de atividade econ�mica e fomento do pleno emprego", justificaram os diretores.
Por outro lado, o colegiado salientou que novos prolongamentos das pol�ticas fiscais de resposta � pandemia que pressionem a demanda agregada e piorem a trajet�ria fiscal podem elevar os pr�mios de risco do Pa�s. "Apesar da melhora recente nos indicadores de sustentabilidade da d�vida p�blica, o risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balan�o de riscos, ou seja, com trajet�rias para a infla��o acima do projetado no horizonte relevante para a pol�tica monet�ria."
O Copom tamb�m reiterou que perseverar no processo de reformas e ajustes necess�rios na economia brasileira � essencial para permitir a recupera��o sustent�vel da economia. O colegiado ressaltou ainda que questionamentos sobre a continuidade das reformas e altera��es de car�ter permanente no processo de ajuste das contas p�blicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia.
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ECONOMIA
BC: Infla��o ao consumidor segue elevada
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