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Estado de Minas ECONOMIA

Pr�via da infla��o registra recorde em setembro e j� chega a 10% em 12 meses


25/09/2021 07:43

A escalada de pre�os dos combust�veis e da conta de luz, que j� vem apertando o or�amento das fam�lias brasileiras nos �ltimos meses, fez a pr�via da infla��o oficial subir forte e superar os 10% no acumulado dos �ltimos 12 meses. O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) avan�ou 1,14% em setembro, a maior alta para o m�s de setembro desde 1994, in�cio do Plano Real. O dado, que considerou os pre�os coletados entre 14 de agosto e 14 de setembro, foi divulgado na sexta-feira, 24, pelo IBGE.

O resultado surpreendeu e veio acima da mediana da taxa apontada pela pesquisa do Proje��es Broadcast com as estimativas do mercado financeiro. Agora, os analistas devem rever suas proje��es para o IPCA de setembro, quando o acumulado em 12 meses tamb�m dever� romper os 10%.

Diante das declara��es recentes do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, de que a pol�tica monet�ria n�o alteraria seu "plano de voo" em fun��o de cada novo dado de infla��o, analistas preferiram seguir apostando na manuten��o do ritmo de alta da Selic, a taxa b�sica de juros, mas reconheceram que aumentou a press�o sobre a autoridade monet�ria. Na quarta-feira, o BC anunciou alta de 1 ponto porcentual, para 6,25% ao ano, e informou que pretende repetir a dose em outubro.

Para Daniel Lima, economista do banco ABC Brasil, os n�meros mostram um cen�rio indigesto para o BC, pois a composi��o do IPCA-15 de setembro veio ruim em todos os aspectos, seja porque a eleva��o de pre�os est� difundida pelos diversos produtos e servi�os pesquisados, seja porque os n�cleos, ou seja, o c�lculo da infla��o que exclui as maiores varia��es, tamb�m est�o acelerando. "A leitura geral desse IPCA-15 � de um n�mero desfavor�vel: a m�dia dos n�cleos, a difus�o, todas as categorias de bens industriais, servi�os, pre�os administrados e alimenta��o no domic�lio mostrando acelera��o", disse Lima.

O economista Homero Guizzo, da corretora Guide Investimentos, descreveu os dados do IPCA-15 de setembro como "assustadores". "Em outras partes do ano, conseguimos identificar alguns �por�ns� nos n�meros altos de infla��o, como o �ndice geral pressionado por algum choque concentrado. Hoje, � mais dif�cil. N�o podemos recorrer a esse argumento. Quando olhamos a abertura, tem press�o de todos os lados. N�o h� nenhuma tr�gua", disse o economista.

Em setembro, sozinhas, a gasolina e a energia el�trica foram os itens com maior impacto no IPCA-15. A gasolina teve alta de 2,85% no m�s e acumula um salto de 39,05% em 12 meses. Os combust�veis v�m encarecendo por causa da alta das cota��es do petr�leo e do d�lar.

J� a conta de luz, que subiu 3,61% no IPCA-15 de setembro, est� mais cara por causa da crise h�drica. Sem chuvas, os reservat�rios das usinas hidrel�tricas, principal fonte de gera��o no Pa�s, chegaram aos n�veis m�nimos hist�ricos, exigindo o acionamento de usinas t�rmicas, com custo operacional maior. Quando isso ocorre, o custo maior � repassado para o consumidor por meio das "bandeiras tarif�rias", taxas adicionais cobradas na conta. Em agosto, o quadro ficou t�o cr�tico que foi determinada uma nova bandeira, com uma taxa mais elevada do que todas.

A estiagem e as cota��es elevadas das mat�rias-primas agr�colas tamb�m impulsionaram os pre�os de alimentos e bebidas. Esse grupo de despesas avan�ou 1,27% no IPCA-15 de setembro, acima do 1,02% em agosto e do 0,49% de julho. Entre os destaques de alta em setembro, est�o as carnes (que subiram 1,10%), a batata-inglesa (10,41%), o caf� mo�do (7,80%), o frango em peda�os (4,70%), as frutas (2,81%) e o leite longa vida (2,01%).

Para piorar, o quadro � agravado por problemas associados � pandemia que ainda n�o se dissiparam. � o caso do travamento das cadeias globais da ind�stria e da reabertura das atividades de servi�os. Com a vacina��o avan�ando, neg�cios como bares, restaurantes e sal�es de beleza come�am a voltar � normalidade, o que tem permitido reajustes nos pre�os desses servi�os. Nas contas do economista Raphael Rodrigues, do Banco BV, eles ficaram 0,74% mais altos em setembro, ante 0,29% em agosto.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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