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Estado de Minas Ser� pr�spero?

A expectativa e encomendas do varejo para as festas de fim de ano de 2021

A despeito de infla��o elevada, com�rcio prepara estoque com previs�o otimista de consumo no Natal e Ano-novo, em especial nos supermercados. Vacina��o estimula


27/09/2021 04:00 - atualizado 27/09/2021 11:00

Supermercados buscam reforço, em outubro, para não deixar faltar itens preferidos nesta época, como carnes, bebidas, panetones e chocolates nacionais e importados
Supermercados buscam refor�o, em outubro, para n�o deixar faltar itens preferidos nesta �poca, como carnes, bebidas, panetones e chocolates nacionais e importados (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 21/6/21)
O avan�o da campanha de vacina��o contra a COVID-19 e a press�o menor dos principais indicadores da doen�a respirat�ria embalam as expectativas da ind�stria e do com�rcio para faturar durante as festas de fim de ano, a despeito da infla��o elevada.

Reflexo de um cen�rio mais favor�vel, diante das restri��es que afetaram a festa crist� no ano passado, as encomendas, agora, ganham ritmo, assim como as compras de produtos importados, vencendo a barreira do d�lar alto.
 
Nas redes de supermercados, as negocia��es de produtos sazonais come�aram neste m�s e se estender�o ao longo de outubro numa perspectiva de firme crescimento que orienta o planejamento das empresas.

O setor se beneficia, em dezembro, de dois grandes movimentos segundo  o diretor comercial e de marketing da rede supemercadista Mart Minas, Filipe Martins, observados nas lojas, primeiro com as compras para o Natal e, depois, a demanda motivada pela virada do ano.

Para a festa crist�, a procura se concentrada em aves natalinas, pernil su�no, cestas variadas, panetones, vinhos e chocolates. Voltada para a reveillon, a prefer�ncia � pelas cervejas, espumantes, outros destilados, ta�as, copos descart�veis e carnes para churrasco.
 
Proje��o de crescimento de vendas da ordem de 20%, neste ano, demostra o otimistmo de Filipe Martins.

"Este ano, o cen�rio � bem diferente, com boa parte da popula��o vacinada. As coisas est�o voltando ao normal", Filipe Martins, diretor comercial e de marketing do Mart Minas (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

“Estamos otimistas com expans�o comparado ao ano passado. Este ano, o cen�rio � bem diferente, com boa parte da popula��o vacinada, as coisas est�o voltando ao normal. No natal de 2020. tudo era muito incerto e o pa�s estava atravessando um momento muito ruim da pandemia.

Os produtos importados exigem maior prazo e planejamento nos contratos, em especial no atendimento dos prestadores de servi�os ligados ao entretenimento.

“O nosso modelo de neg�cio atende tanto o consumidor final quanto o pequeno comerciante. A retomada dos eventos, bares, restaurantes, � importante para o nosso neg�cio, vendemos no atacado para esse p�blico", destaca Filipe Martins.
 
O Mart Minas, terceira maior rede supermercadista de Minas Gerais e 11ª no ranking nacional, segundo a Associa��o Brasileira de Supermercados (Abras), prev� abartura de 11 lojas em 2021, para chegar a um total de 51 unidades. Hoje, a rede opera com 46 lojas, no modelo de atacarejo. Para 2022, a meta � abrir outros 10 pontos de venda.
 
Com boa expectativa tamb�m nas comemora��es familiares, o grupo Super Nosso concluiu todo o planejamento da compra de importados, embora num ambiente de c�mbio valorizado.

O diretor comercial da rede supermercadista, Edmilson Pereira, afirma que o varejo de alimentos tem apresentado forte expans�o em 2021, o que ancora as proje��es da empresa de vendas 25% a 30% maiores frente a 2020.
 
“Em fun��o do avan�o das vacina��es e queda dos �ndices da Covid, torcemos para que ocorram muitas festas de fam�lia. Como as pessoas n�o se reuniram ano passado, h� boas expectativa nas comemora��es familiares, o que deixa o varejo otimista”, observa o executivo.

Os itens mais procurados nos pr�ximos meses s�o bebidas, carnes e bacalhau. Edmilson Pereira n�o v� motivo para temer escassez de produtos e promete novidades em cestas, kits especiais e vinhos.

Apostas Considerada a principal data comemorativa do ano para o com�rcio varejista, o Natal impactou positivamente, no ano passado,  78,8% das empresas desse setor em Minas Gerais, segundo a Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (Fecom�rcio MG).

O economista-chefe da entidade, Guilherme Almeida, lembra que “apesar do cen�rio de cautela, provocado pela pandemia de COVID-19, tradicionalmente o Natal � uma data relevante para todo o com�rcio. � nesse per�odo que os empres�rios redobram suas apostas em diversas estrat�gias para atrair o consumidor e concretizar vendas.”
 
No primeiro semestre de 2021, o com�rcio varejista de Belo Horizonte registrou crescimento de 4,63% nas vendas, frente ao per�odo de janeiro a junho do ano passado.

De acordo com levantamento feito pela C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o segundo trimestre do ano fechou com indicador de confian�a em 55,3 pontos, bem superior � pontua��o verificada entre janeiro e mar�o, de 40,1.
 
“Acabamos de promover a Semana do Brasil, que ajuda a movimentar o com�rcio em setembro. Ainda teremos pela frente o Dia das Crian�as, a Black Friday (megaliquida��o realizada em novembro) e Natal. Todas essas datas s�o extremamente importantes para o com�rcio. Para que elas sejam positivas, � imprescind�vel que, al�m do controle da infla��o, haja gera��o de emprego, renda e a promo��o de um cen�rio econ�mico seguro e com boas perspectivas”, comenta o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

"A expectativa � de que o Natal seja um dos melhores dos �ltimos anos", Eduardo Batista,gerente de Marketing da Livraria Leitura (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press.)
Inaugura��es Embora sem dados comparativos deste ano com o per�odo at�pico de 2020, a rede de livravias Leitura comunga das previs�es da CDL-BH. “Neste ano esperamos superar as vendas de 2019 para o per�odo", revela o gerente de marketing da empresa, Eduardo Batista.

A rede come�ou sua trajet�ria em 1967 com uma pequena loja na tradicional Galeria do Ouvidor, no cora��o de Belo Horizonte. Hoje constitui a maior rede de livrarias do Brasil, com 87 unidades distribuidas em 20 estado e no Distrito Federal.
 
"A Leitura sempre foi uma empresa que trabalhou com os p�s no ch�o e sem d�vidas. Desde a crise de 2015, passamos a ter uma reserva financeira para momentos como este. A expectativa � de que o Natal seja um dos melhores dos �ltimos anos", afirma Batista.

As lojas da empresa oferecem variedade de produtos, chegando a 100 mil itens entre livros, itens de papelaria, presentes, revistas, inform�tica, filmes, m�sica, games e jogos e contam com espa�os de entretenimento como caf�s, ambientes para leitura, sess�es de aut�grafos e eventos culturais.

“Estamos aproveitando as oportunidades do mercado para expans�o. Neste ano, inauguramos 11 lojas e pretendemos inaugurar, pelo menos, mais quatro at� o fim do ano, encerrando 2021 com 91 lojas", diz o gerente.
 

Escassez de insumos dificulta produ��o

 
A press�o sobre a cadeia produtiva no Brasil, com fechamento total ou parcial em diversos campos da economia, devido � pandemia de COVID-19, ainda provoca reflexos no fornecimento de insumos e mat�ria-primas, para que o setor industrial possa suprir a demanda do com�rcio, aquecido pelas festas natalinas.

O ciclo de produ��o da ind�stria, para entrega em tempo h�bil dos produtos ao com�rcio, se encerra pouco antes de novembro. No ano passado, a escassez empurrou esse prazo para dezembro, efeito que pode se repetir neste ano.
 
Os setores de bens de consumo apresentam aumento de demanda, em fim de ano, o que deve continuar ocorrendo. Em 2020, de acordo com a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), houve produ��o um pouco mais forte no per�odo, apesar de terem persistido problemas de estoque.

“Ainda sentimos uma s�rie de heran�as que afetaram a atividade industrial. Por mais que o pa�s caminhe para o aumento da vacina��o, h� uma s�rie de fatores que geram preocupa��es”, observa Marcelo Azevedo, gerente de an�lise econ�mica da Confedera��o Nacional da Ind�stria – CNI.

Do lado da oferta, a ind�stria sente o desarranjo nas cadeias produtivas, no que se refere ao fornecimento de mat�rias-primas e insumos, o que continua dificultando o planejamento, a produtividade e toda a atividade industrial.
 
O gerente da CNI diz que houve melhoria na compara��o com o ano passado, com estoque um pouco melhor, mas abaixo do planejado. Do ponto de vista financeiro, essa heran�a � mais forte, com queda do faturamento, por per�odo prolongado, prejudicando os investimentos.
 
“Quanto �s demandas, ainda h� longo caminho para a imuniza��o de toda a popula��o e temos uma s�rie de problemas subsequentes que persistem, como o subemprego, renda menor dispon�vel no mercado, o que restringe as decis�es relativas ao aumento da produ��o, al�m dos impactos nas cadeias de custos”, explica.

A expectativa que era positiva no ano passado se reverteu em negativa diante de aumento dos casos da COVID-19 e surgimento de novas variantes. Para este ano, o ambiente � mais positivo, segundo Marcelo Azevedo, e “melhor ainda para o ano de 2022 com 'esperan�a' da melhoria na renda da popula��o e efetiva maior demanda.” 
 

Importados ganham com d�lar e fraude

 
Proje��es macroecon�micas divulgadas em agosto pela Associa��o Brasileira da Ind�stria El�trica e Eletr�nica (Abinee), representante de um dos ramos mais atingidos pela crise gerada na pandemia, apontam expans�o do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produ��o de bens e servi�os do pa�s) de 5,21% neste ano. Comparada � queda de 4,1% em 2020, trata-se de um pequeno avan�o. Para 2022, a proje��o � de crescimento de 2,2%.
 
O presidente da Associa��o Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Syn�sio Costa integra a ala dos otimistas com 2021. “O setor fecha 2021 com 14% de crescimento em rela��o ao ano passado, que teve faturamento superior a R$ 7,7 bilh�es”, afirma.
 
Costa diz que o setor s� n�o est� melhor porque convive com ambiente de sonega��o de impostos no mercado interno, associado a subfaturamento das importa��es e importa��es fraudulentas. “Acontecem desembarques de importa��es ermos, h� importadores com mais de 30 CNPJs, vinda de produtos sem inspe��o de qualidade do Inmetro, um n�mero de grande de irregularidades”, diz o presidente da Abrinq.
 
Apesar dos problemas apontados, Costa v� a ind�stria nacional ocupando o espa�o dos importados em 2021, com 75% do mercado de consumo. O quadro se deve �s dificuldades dos fabricantes chineses, � disponibilidade de containers, inseguran�a provocada pelo d�lar, al�m da epidemia de COVID-19.


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