O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central reafirmou nesta ter�a, por meio da ata de seu �ltimo encontro, a inten��o de promover novo aumento da Selic (a taxa b�sica de juros) em setembro. Ap�s a eleva��o de 1,00 ponto porcentual na semana passada, para 6,25% ao ano, o BC disse hoje na ata que, para a pr�xima reuni�o, "antev� outro ajuste da mesma magnitude".
Ao mesmo tempo, a autoridade monet�ria deixou a porta aberta para um aumento at� maior. "O Copom enfatiza que os passos futuros da pol�tica monet�ria poder�o ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de infla��o e depender�o da evolu��o da atividade econ�mica, do balan�o de riscos e das proje��es e expectativas de infla��o para o horizonte relevante da pol�tica monet�ria.", disse a institui��o na ata.
Em outro ponto, por�m, o BC considerou que, no atual est�gio do ciclo de eleva��o de juros, "esse ritmo de ajuste � o mais adequado" para garantir a converg�ncia da infla��o para a meta no horizonte relevante e, simultaneamente, permitir que o Comit� obtenha mais informa��es sobre o estado da economia e o grau de persist�ncia dos choques.
O documento repete a avalia��o do Copom de que seu cen�rio b�sico e o balan�o de riscos indicam ser apropriado que "o ciclo de aperto monet�rio avance no territ�rio contracionista", ou seja, para um patamar de juros que tenha efeito de retardar a expans�o da atividade. Essas ideias expressas na ata j� constaram no comunicado da semana passada.
O Copom reafirmou na ata que a alta de 1,00 ponto porcentual da Selic anunciada na semana passada � uma decis�o que "reflete seu cen�rio b�sico e um balan�o de riscos de vari�ncia maior do que a usual para a infla��o prospectiva e � compat�vel com a converg�ncia da infla��o para as metas no horizonte relevante, que inclui o ano-calend�rio de 2022 e, em grau menor, o de 2023".
No documento, o Copom tamb�m pontuou que o ajuste da Selic em 1,00 ponto, para 6,25% ao ano, "tamb�m implica suaviza��o das flutua��es do n�vel de atividade econ�mica e fomento do pleno emprego" - duas metas acess�rias que a autarquia passou a perseguir ap�s a lei de autonomia formal do �rg�o. Essas ideias expressas na ata j� constaram no comunicado da semana passada.
O Copom tamb�m reafirmou que seu cen�rio b�sico para a infla��o tem fatores de risco "em ambas as dire��es" - ou seja, na dire��o de baixa e de alta para a infla��o.
"Por um lado, uma poss�vel revers�o, ainda que parcial, do aumento recente nos pre�os das commodities internacionais em moeda local produziria trajet�ria de infla��o abaixo do cen�rio b�sico", disse o colegiado no documento.
"Por outro lado, novos prolongamentos das pol�ticas fiscais de resposta � pandemia que pressionem a demanda agregada e piorem a trajet�ria fiscal podem elevar os pr�mios de risco do pa�s. Apesar da melhora recente nos indicadores de sustentabilidade da d�vida p�blica, o risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balan�o de riscos, ou seja, com trajet�rias para a infla��o acima do projetado no horizonte relevante para a pol�tica monet�ria", repetiu a ata.
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