Lira segue Bolsonaro e joga culpa de alta dos combust�veis em Estados

Em linha com a ret�rica do presidente Jair Bolsonaro, o presidente da C�mara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a criticar nesta ter�a-feira, 28, a alta dos combust�veis e jogou a culpa da situa��o nos impostos cobrados pelos governadores. Ao lado do presidente em evento de entrega de casas no interior de Alagoas, Lira disse que o Congresso Nacional vai debater um projeto de lei para fixar o valor do ICMS, uma das principais fontes de arrecada��o dos Estados - e sinalizou apoio � proposta.

Mais cedo, o presidente da C�mara foi �s redes sociais para criticar a Petrobras e reclamar do alto pre�o dos combust�veis, um dos vil�es da atual escalada inflacion�ria. O col�gio de l�deres da C�mara deve discutir o impasse, segundo anunciou o parlamentar. Nesta ter�a, a estatal reajustou o valor do �leo diesel em suas refinarias em R$ 0,25 por litro, alta de 8,9%.

Depois de dizer que "ningu�m aguenta mais" a alta do d�lar e do combust�vel, Lira afirmou no evento em sua base eleitoral que vai debater o projeto que quer fixar o valor do ICMS. "Sabe o que � que faz o combust�vel ficar caro? S�o os impostos estaduais. Os governadores t�m que se sensibilizar. O Congresso vai debater o projeto que trata do ICMS 'ad rem', para que ele tenha um valor fixo, n�o fique vulner�vel aos aumentos do d�lar, do petr�leo, porque esse a gente n�o controla", disse o deputado. "Governadores tem que dar sua cota de sacrif�cio. Est�o arrecadando muito nesse momento de pandemia", acrescentou.

Na composi��o do pre�o final dos combust�veis, h� a fatia da Petrobras; dos tributos federais; do imposto Estadual, o ICMS; o custo o biodiesel, no caso do diesel, e do etanol, no caso da gasolina; e ainda o valor referente � distribui��o e revenda. Tanto no caso do diesel quanto da gasolina, a Petrobras fica com a maior fatia do pre�o cobrado na bomba. Segundo a pol�tica de pre�os da estatal, os pre�os seguem a cota��o internacional do petr�leo.

Bolsonaro tamb�m estava no evento, assim como o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (PROS-AL). Diante do chefe do Executivo, Lira reiterou apoio ao Pal�cio do Planalto. "C�mara cumpre seu papel d� sustenta��o a um governo que precisa de apoio do Congresso para propor reformas que Brasil precisa", disse.

Em seguida, "cutucou" a Casa vizinha. "Senado Federal precisa acelerar as suas discuss�es", afirmou, em um momento em que os senadores resistem a carimbar projetos aprovados na C�mara, como a reforma do Imposto de Renda.

Elei��es 2022

Em clima eleitoral e mais uma vez endossando discursos de Bolsonaro, Lira fez cr�ticas ao governo de Alagoas, hoje nas m�os de Renan Filho (MDB), advers�rio pol�tico do presidente da C�mara e filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid.

"Quem voc�s acham que comprou as vacinas que vieram para Alagoas? Foi o governo do Estado? Foram os prefeitos?", questionou. "Hoje, n�s temos uma das menores taxas de mortalidade do Pa�s e n�o por nenhum esfor�o do governo estadual, que alardeia e faz propaganda, mas por esfor�o do governo federal, que comprou milh�es e milh�es de doses."