As vendas de cimento seguiram em setembro em curva de desacelera��o, com queda de 1,6% em rela��o ao mesmo per�odo de 2020, para 5,7 milh�es de toneladas, segundo dados do Sindicato Nacional da Ind�stria do Cimento (Snic). Ao se analisar a venda de cimento por dia �til em setembro (247,7 mil toneladas) houve crescimento de 1,4% sobre agosto deste ano e queda de 2% em rela��o ao mesmo m�s do ano passado.
Segundo o Snic, os principais indicadores de vendas de materiais de constru��o, particularmente do cimento, continuam desacelerando em virtude da menor renda da popula��o e crescente endividamento das fam�lias (atingiu 59,9%, o maior valor de toda a s�rie hist�rica iniciada em 2005), alto n�vel de desemprego, diminui��o do aux�lio emergencial e eleva��o das taxas de juros e Infla��o.
O acumulado do ano (janeiro a setembro) registrou um total de 49,2 milh�es de toneladas vendidas, aumento de 9,7% comparado ao mesmo per�odo do ano passado. A leve melhora na demanda do insumo pelas obras de infraestrutura, continuidade das obras e vendas imobili�rias s�o as principais raz�es e vetores de consumo do produto.
"O aumento dos lan�amentos imobili�rios sustenta o desempenho do setor de cimento, mas imp�e cautela para o futuro. � fundamental que haja gera��o de renda e emprego para manter o f�lego da autoconstru��o, continuidade dos lan�amentos imobili�rios e manuten��o ritmo de obras para permanecermos com um alto n�vel de vendas de cimento", diz Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
Segundo ele, a infraestrutura, que pode ser um grande indutor do consumo de cimento, ainda permanece com um desempenho abaixo do necess�rio.
De acordo com o Snic, h� uma grande expectativa do in�cio das obras de saneamento, que demandar�o agregados, cimento, entre outros insumos. O sindicato lembra que a carteira de leil�es do setor no pa�s segue engordando e come�a a produzir a primeira leva de projetos estruturados ap�s a aprova��o do novo marco legal do saneamento (lei n� 14.026/2020).
"Na lista atual do BNDES ainda est�o previstas mais seis concess�es nos pr�ximos meses: dois blocos regionais em Alagoas, um no Rio de Janeiro, dois no Cear�, al�m da cidade de Porto Alegre (RS). Ao todo, estes contratos dever�o somar R$ 16,4 bilh�es de investimentos", diz o Snic.
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