A startup francesa de recursos humanos Swile, que adquiriu a brasileira Vee Benef�cios, � oficialmente um "unic�rnio" (empresa de tecnologia avaliada em mais de US$ 1 bilh�o). A marca foi atingida ap�s capta��o recorde de US$ 200 milh�es, liderada pelo fundo do grupo japon�s SoftBank voltado a investimentos na Am�rica Latina.
Ao Estad�o/Broadcast, o CEO e fundador da companhia, Lo�c Soubeyrand, diz que um IPO (oferta inicial de a��es, na sigla em ingl�s) deve ocorrer em cerca de cinco anos. At� l�, a startup almeja valer dez vezes mais.
O pr�prio SoftBank ainda deve fazer mais aportes na sequ�ncia pois disp�e de US$ 3 bilh�es para investir na regi�o.
Hoje, a Swile tem 15% do setor de benef�cios para funcion�rios da Fran�a, segundo maior mercado desse segmento no mundo - o Brasil, no entanto, � o l�der global. "O mercado de benef�cios corporativos no Brasil movimenta R$ 150 bilh�es por ano", diz Marcelo Ramos, diretor da Swile no Brasil. At� 2024, o objetivo � que a Am�rica Latina seja o mercado principal da empresa.
A escolha do SoftBank como investidor de longo prazo se relaciona com a expertise do banco na regi�o, uma vez que o investimento vem do bra�o especializado em Am�rica Latina da institui��o. Fundada em 2018, a Swile � dona de um aplicativo que oferece benef�cios diversos, ferramentas de engajamento (como premia��es e comemora��es), pesquisas de satisfa��o e feedbacks.
H� ainda o Swile Card, que permite a utiliza��o dos benef�cios em uma rede associada. A ideia � centralizar os benef�cios dados aos funcion�rios em uma �nica plataforma, de maneira flex�vel. Segundo a startup, todas as funcionalidades ser�o apresentadas em breve ao mercado brasileiro. Ao todo, j� s�o 500 mil usu�rios e 15 mil clientes corporativos, entre eles Carrefour, Le Monde, PSG, Airbnb, Spotify, Red Bull, TikTok, Whirlpool, Amaro, Bayer e Fiat.
Por aqui, o aporte deve se traduzir em mais contrata��es. "Nossa expectativa � ampliar o quadro de profissionais da empresa, totalizando 700 funcion�rios na Am�rica Latina em 2022", diz Soubeyrand.
Questionado sobre a dificuldade de angariar talentos na �rea de tecnologia no Brasil, o CEO diz que a Swile tem uma central de desenvolvedores e inova��o com profissionais que trabalham remotamente de diferentes regi�es e pa�ses.
Segundo Gustavo Ara�jo, presidente da Distrito (plataforma de acelera��o de startups), a Swile aposta no Brasil em um bom momento. Para ele, os investidores brasileiros acordaram h� 12 ou 18 meses para o mundo da tecnologia - que se revela um terreno f�rtil tamb�m ao capital estrangeiro. Isso porque, enquanto na China e nos EUA as empresas mais valiosas j� s�o as de tecnologia, o mesmo n�o ocorre por aqui. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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