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Estado de Minas ECONOMIA

Com energia, g�s e alimentos, mais pobres sentem 20% mais infla��o que mais ricos


15/10/2021 12:01

A alta no custo da energia el�trica, do g�s de botij�o e dos alimentos fez a infla��o dos brasileiros mais pobres encerrar o m�s de setembro 20% maior que a dos mais ricos, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea).

O Indicador Ipea de Infla��o por Faixa de Renda registrou uma acelera��o da press�o inflacion�ria na passagem de agosto para setembro em todas as faixas de renda. No entanto, o aumento de custos foi maior entre as fam�lias mais pobres, com renda domiciliar inferior a R$ 1.808,79 mensais: a varia��o dos pre�os passou de alta de 0,91% em agosto para eleva��o de 1,30% em setembro.

Entre as fam�lias de renda mais alta, que recebem mais de R$ 17.764,49 mensais, a infla��o saiu de 0,78% em agosto para 1,09% em setembro. Entre os de renda m�dia alta, com rendimento domiciliar mensal entre R$ 8.956,26 e R$ 17.764,49, a infla��o acelerou de 0,85% para 1,04% no per�odo.

O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) e usado pelo Ipea para fazer o c�lculo da infla��o por faixa de renda, encerrou o m�s de setembro com avan�o de 1,16%, ante uma eleva��o de 0,87% em agosto.

Em setembro, os gastos com habita��o deram a maior contribui��o para a infla��o percebida pelos tr�s segmentos de renda familiar mais baixa, enquanto que o custo do transporte teve maior impacto sobre a infla��o para as tr�s faixas de renda mais alta, apontou o Ipea.

"No caso das fam�lias de renda mais baixa, os reajustes de 6,5% das tarifas de energia el�trica, de 3,9% do g�s de botij�o e de 1,1% dos artigos de limpeza foram os principais respons�veis pela alta do grupo habita��o, cujo impacto de 0,65 ponto percentual (p.p.) responde por metade da infla��o apontada, em setembro, nesse segmento. Ainda que em menor intensidade, o aumento dos alimentos no domic�lio, especialmente de frutas (5,4%), aves e ovos (4,0%) e leites e derivados (1,6%), ajuda a completar esse quadro de alta inflacion�ria nas faixas de renda mais baixa", apontou a t�cnica Maria Andreia Parente Lameiras, na Carta de Conjuntura do Ipea divulgada nesta sexta-feira, 15.

Entre os mais ricos, o principal foco inflacion�rio foi decorrente, sobretudo, dos reajustes de 2,3% da gasolina, de 28,2% das passagens a�reas e de 9,2% dos transportes por aplicativo, enumerou Lameiras.

A infla��o acumulada em 12 meses at� setembro foi de 10,98% para as fam�lias mais pobres, mais de 20% superior � taxa de 8,91% observada no segmento mais rico da popula��o.

"No caso das fam�lias de baixa renda, al�m dos aumentos nos pre�os dos alimentos no domic�lio - carnes (24,9%), aves e ovos (26,3%) e leite e derivados (9,0%) -, os reajustes de 28,8% da energia e de 34,7% do g�s de botij�o explicam grande parte da alta inflacion�ria em doze meses. J� para as fam�lias de renda mais elevada, a infla��o acumulada no per�odo reflete, sobretudo, as varia��es de 42,0% dos combust�veis, de 56,8% das passagens a�reas, de 14,1% dos transportes por aplicativo e de 12,1% dos aparelhos eletroeletr�nicos", observou Lameiras, no estudo.

O indicador do Ipea separa por seis faixas de renda familiar as varia��es de pre�os medidas pelo IPCA. Os grupos v�o desde uma renda familiar de at� R$ 1.808,79 por m�s, no caso da faixa com renda muito baixa, at� uma renda mensal familiar acima de R$ 17.764,49, no caso da renda mais alta.


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