A presidente da Comiss�o Europeia, Ursula Von der Leyen defendeu, nesta quarta-feira, que a Uni�o Europeia (UE) deve tomar a��es para se tornar mais independente em sua matriz energ�tica e torn�-la mais limpa, em meio � crise de energia que assola a regi�o. Durante discurso no Parlamento Europeu, Von der Leyen afirmou que o bloco importa 90% do g�s que consome, o que o deixa "muito vulner�vel". Boa parte do fornecimento no continente depende da R�ssia.
"Embora a Gazprom estatal russa tenha honrado seus contratos de longo prazo conosco, ela n�o respondeu � maior demanda como nos anos anteriores. A Europa hoje � muito dependente do g�s e muito dependente das importa��es de g�s", ressaltou.
Nos �ltimos meses, o forte avan�o da demanda por g�s, em meio � retomada da pandemia, esgar�ou a limitada oferta da commodity e, como consequ�ncia, os pre�os dispararam. "Por causa do aumento do pre�o do g�s, muitas fam�lias est�o lutando para sobreviver e as empresas correm o risco de fechar", alertou Von der Leyen .
Para lidar com a situa��o, presidente da Comiss�o Europeia argumentou que a UE precisa diversificar os seus fornecedores, por meio, por exemplo, do aumento dos contratos com a norueguesa Equinor Norway. A alem� disse ainda que a Comiss�o atuar� para coibir a especula��o no mercado de energia.
Outra solu��o em estudo � o desenvolvimento de uma reserva estrat�gica de g�s, de acordo com ela. A ideia seria realizar testes de estresse peri�dicos das capacidades de armazenamento e rea��o. "Tamb�m exploraremos o potencial de aquisi��o conjunta de g�s, possivelmente de forma volunt�ria", comentou.
No longo prazo, Von der Leyen defendeu que a melhor sa�da � a transi��o para uma matriz energ�tica baseada em fontes renov�veis. Segundo ela, o plano de investimentos voltado para a recupera��o econ�mica da UE - conhecido como Pr�ximaGera��oUE - destina recursos a essa �rea.
"Nos planos nacionais apresentados at� agora, 36 mil milh�es de euros foram atribu�dos � energia limpa, desde o hidrog�nio limpo � energia e�lica", reiterou.
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