
Os tanqueiros, caminhoneiros respons�veis pelo transporte de combust�vel,
suspenderam suas atividades na madrugada desta quinta-feira (21/10)
, em protesto contra o Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) dos combust�veis cobrado no estado e o alto pre�o do diesel praticado pela Petrobras.
Segundo o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combust�vel e Derivados de Petr�leo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), todas as transportadoras est�o paradas, num total de cerca de 800 caminh�es. O movimento tamb�m acontece nos estados do Rio de Janeiro e Esp�rito Santo.
Centenas de manifestantes est�o com caminh�es-tanque parados nas portarias das principais distribuidoras de combust�veis, em Betim. A manifesta��o � acompanhada por viaturas da PMMG.
Durante o protesto, dois caix�es, simbolizando a "morte do frete", foram colocados na entrada de uma distribuidora.

O caso teria ocorrido ap�s o motorista ter abastecido o caminh�o-tanque em uma distribuidora e receber escolta da pol�cia.
Aeroportos
Em nota, a Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG) esclareceu que est� fazendo "a escolta das carretas de combust�veis at� pontos seguros e que Batalh�o de Opera��es Especiais (BOPE) atua na escolta de combust�veis para os aeroportos".
"A PMMG esclarece ainda que com rela��o � seguran�a dos tanqueiros e ao abastecimento nos postos de combust�veis n�o h� qualquer altera��o at� o presente momento", diz a nota.
Paralisa��o por tempo indeterminado e risco de desabastecimento
“N�s n�o aguentamos mais as altas (nos pre�os) dos combust�veis. O �leo diesel representa hoje quase 70% do valor do frete. As transportadoras est�o quebrando, transportadoras que s�o hist�ricas no estado, n�o aguentam mais trabalhar. Pedimos a sensibilidade do governo, mas o governo n�o est� se importando com essa categoria, que hoje carrega mais de um ter�o da economia do estado”, afirma o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes.
De acordo com ele, a paralisa��o vai continuar at� que o governo decida negociar com a categoria.

Risco de desabastecimento
Em nova nota, no in�cio da noite desta quinta, o Minaspetro admite o desabastecimento em postos do estado e alerta aos motoristas que n�o fa�am corrida aos postos, ampliando o risco de faltar combust�vel.
"O Minaspetro est� monitorando a situa��o da greve dos tanqueiros e informa que os postos com estoques reduzidos j� apresentam problemas de abastecimento. Com a paralisa��o, todas as regi�es do estado est�o sendo prejudicadas, impactando fortemente o abastecimento de Minas Gerais, tendo em vista que a base de Betim � estrat�gica para a distribui��o de combust�veis estadual.
"O Sindicato informa ainda que entrou em contato formalmente com o governo de Minas e solicitou que o pleito dos caminhoneiros fosse atendido.
Segundo a nota, "uma das solu��es apontadas para se abrir a negocia��o foi o congelamento do PMPF, base de c�lculo para a incid�ncia do ICMS, pleito do Minaspetro desde o in�cio da pandemia. O congelamento do pre�o de pauta conteria momentaneamente a escalada dos pre�os na bomba".
O Minaspetro alerta para que a popula��o n�o fa�a uma corrida aos postos. segundo a nota, "� justamente essa a��o que pode causar e agravar o desabastecimento".
"O Sindicato reitera que � solid�rio ao pleito dos caminhoneiros e tem trabalhado fortemente junto �s autoridades em busca de solu��es para a redu��o do ICMS, contudo, o Minaspetro acredita que a greve n�o � a melhor solu��o para o problema, uma vez que a paralisa��o prejudica a popula��o e gera ainda mais incertezas no mercado de combust�veis j� em crise nacional", finaliza a nota.
*Estagi�ria sob supervis�o