De acordo com c�lculos do diretor-executivo da Institui��o Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, o rombo no teto de gastos em 2022 pode ser de R$ 94,4 bilh�es caso a mudan�a na lei considerada a �ncora fiscal do Pa�s e a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) dos precat�rios sejam aprovadas. "O desmonte do teto se confirmar� se essas medidas forem anunciadas oficialmente", afirmou Salto em publica��o no Twitter.
Como revelou mais cedo o Broadcast (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado), o governo fechou acordo nesta quinta-feira por uma mudan�a no teto de gastos como forma de viabilizar o pagamento de R$ 400 a benefici�rios do Aux�lio Brasil em 2022. A ideia � corrigir o teto pelo IPCA acumulado de janeiro a dezembro, em um rec�lculo feito desde 2016, ano de aprova��o da lei.
Hoje, a regra � corrigir pela infla��o acumulada em 12 meses at� junho do ano anterior ao de sua vig�ncia. Nos c�lculos da equipe econ�mica obtidos pela reportagem, a mudan�a abre espa�o fiscal de R$ 83,6 bilh�es para despesas adicionais em 2022, ano eleitoral.
A IFI projeta um rombo de R$ 94,4 bilh�es no teto em 2022, sendo R$ 47 bilh�es com a mudan�a na regra e R$ 47,4 com o espa�o aberto pela PEC dos precat�rios.
A institui��o calcula que o reajuste de 20% no or�amento permanente do Aux�lio Brasil, anunciado pelo governo, ter� um custo de R$ 7 bilh�es no ano que vem. J� a eleva��o do benef�cio a R$ 400 por m�s a todas as 17 milh�es de fam�lias benefici�rias com o pagamento de parcelas tempor�rias, por ordem de Bolsonaro, deve custar mais R$ 40 bilh�es.
"Se R$ 40 bilh�es forem por fora do teto, 'sobrar�o' R$ 54,4 bilh�es (do total de R$ 94,4 bilh�es) para outros gastos", explicou o diretor-executivo. "Do ponto de vista da IFI, vamos nos pronunciar oficialmente para tratar do risco institucional para as contas p�blicas e da quebra do compromisso com a responsabilidade fiscal. Esta � uma fun��o prec�pua da IFI: acompanhar e zelar pelo equil�brio macrofiscal", disse ainda Felipe Salto.
ECONOMIA