CNTTL e CNTRC criticam o aux�lio do governo a caminhoneiros e o comparam a esmola

O aux�lio aos caminhoneiros que ser� concedido pelo governo federal, anunciado nesta quinta-feira (21) pelo presidente Jair Bolsonaro, n�o agradou � Confedera��o Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Log�stica (CNTTL). "O caminhoneiro n�o quer esmola, quer dignidade. Para as petroleiras (d�o) um trilh�o, para o caminhoneiro humilha��o", disse o diretor da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer. O presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodovi�rio de Cargas (CNTRC), Pl�nio Dias, tamb�m criticou a medida. "Nossa pauta � outra: � a sobreviv�ncia da categoria, como estamos pedindo. O governo n�o poder� nos ajudar para sempre", afirmou Dias.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou que o governo criar� um benef�cio voltado a 750 mil caminhoneiros aut�nomos, que receber�o uma ajuda para compensar o aumento do diesel. O presidente n�o forneceu detalhes sobre como ser� o aux�lio nem o valor do benef�cio e a origem dos recursos. O an�ncio foi feito no evento de inaugura��o do Ramal do Agreste, em Sert�nia (PE). Fontes apontam que o valor concedido ser� de R$ 400 por m�s.

'Proposta rid�cula'

Na avalia��o de Litti, a proposta do governo � "rid�cula". "Mostra o total despreparo com qual � tratada a categoria. � um absurdo pensar que uma categoria de transportador aut�nomo com todas dificuldades que tem enfrentado possa compreender uma proposta t�o insignificante", disse. Ele tamb�m criticou o fato de a medida n�o ser direcionada �s causas da eleva��o do diesel. "N�o � o aux�lio que vai resolver o problema da pol�tica equivocada de pre�os da Petrobras para combust�veis. � preciso extirpar o mal que essa pol�tica errada est� ocasionando", afirmou o diretor da CNTTL.

Caminhoneiros rodovi�rios aut�nomos e celetistas anunciaram estado de greve no �ltimo s�bado e afirmam que v�o paralisar as atividades em 1� de novembro, caso o governo n�o atenda �s reivindica��es da categoria. Os pedidos incluem cumprimento do piso m�nimo do frete rodovi�rio, mudan�a na pol�tica de pre�os da Petrobras para combust�veis e aposentadoria especial a partir de 25 anos de contribui��o, entre outros. CNTRC, CNTTL junto com a Associa��o Brasileira dos Condutores de Ve�culos Automotores (Abrava) est�o � frente do movimento. A Abrava informou � reportagem que as reivindica��es e a greve est�o mantidas.