O resultado das transa��es correntes ficou negativo em setembro deste ano, em US$ 1,699 bilh�o, informou nesta sexta-feira, 22, o Banco Central. Este � pior desempenho para meses de setembro desde 2019, quando o saldo foi negativo em US$ 3,736 bilh�es. No nono m�s de 2020, o rombo foi de US$ 346 milh�es.
O n�mero de setembro ficou dentro das expectativas do mercado financeiro, conforme levantamento realizado pelo Proje��es Broadcast, que tinha intervalo de d�ficit de US$ 2,526 bilh�es a super�vit de US$ 2,100 bilh�es (mediana negativa em US$ 1,600 bilh�o). O BC projetava para o m�s passado d�ficit de US$ 1,9 bilh�o na conta corrente.
Pela metodologia do Banco Central, a balan�a comercial registrou saldo positivo de US$ 2,461 bilh�es em setembro, enquanto a conta de servi�os ficou negativa em US$ 1,357 bilh�o. A conta de renda prim�ria tamb�m ficou deficit�ria, em US$ 3,073 bilh�es. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 1,751 bilh�o.
Acumulado
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o rombo nas contas externas soma US$ 8,082 bilh�es. A estimativa atual do BC � de d�ficit na conta corrente de US$ 21 bilh�es em 2021. A proje��o foi atualizada no Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI) do m�s passado.
Nos 12 meses at� setembro deste ano, o saldo das transa��es correntes est� negativo em US$ 20,702 bilh�es, o que representa 1,30% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse � o maior d�ficit em propor��o do PIB desde abril deste ano, quando ficou em 1,45%.
Lucros e dividendos
A rubrica de lucros e dividendos do balan�o de pagamentos apresentou saldo negativo de US$ 1,961 bilh�o em setembro, informou o Banco Central. A sa�da l�quida � ligeiramente superior aos US$ 1,915 bilh�o que deixaram no Brasil em igual m�s do ano passado, j� descontadas as entradas.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, houve sa�da l�quida de recursos via remessa de lucros e dividendos, de US$ 16,453 bilh�es. A expectativa do BC � de que a remessa de lucros e dividendos de 2021 some US$ 27 bilh�es. A proje��o foi atualizada no RTI do m�s passado.
O BC informou tamb�m que as despesas com juros externos somaram US$ 1,128 bilh�o em setembro, ante US$ 1,266 bilh�o em igual m�s do ano passado. No acumulado do ano at� setembro, essas despesas alcan�aram US$ 16,759 bilh�es.
Viagens internacionais
A conta de viagens internacionais registrou d�ficit de US$ 237 milh�es em setembro, informou o Banco Central. O valor reflete a diferen�a entre o que os brasileiros gastaram l� fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil no per�odo. Em setembro de 2020, o d�ficit nessa conta foi de US$ 138 milh�es.
Na pr�tica, com o d�lar mais elevado e a restri��o de voos em v�rios pa�ses, os gastos l�quidos dos brasileiros no exterior despencaram desde o ano passado. A pandemia de covid-19 ganhou corpo a partir de mar�o de 2020, quando se intensificaram as restri��es de deslocamento entre pa�ses.
O desempenho da conta de viagens internacionais no m�s passado foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 474 milh�es. J� o gasto dos estrangeiros em viagem ao Brasil ficou em US$ 236 milh�es no m�s passado.
No acumulado do ano at� setembro, o saldo l�quido da conta de viagens ficou negativo em US$ 1,326 bilh�o. No mesmo per�odo do ano passado, o d�ficit nessa conta foi de US$ 2,029 bilh�es.
D�vida externa
A estimativa do Banco Central para a d�vida externa brasileira em setembro � de US$ 320,305 bilh�es. Segundo a institui��o, o ano de 2020 terminou com uma d�vida de US$ 310,807 bilh�es.
A d�vida externa de longo prazo atingiu US$ 253,499 bilh�es em setembro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 66,807 bilh�es no fim do m�s passado.
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ECONOMIA
Setor externo tem d�ficit de US$ 1,699 bi em setembro, revela BC
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