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Estado de Minas ECONOMIA

Debandada mostra an�lise de fundamento da economia sendo quebrado, diz Meirelles


22/10/2021 12:32

A demiss�o do secret�rio especial do Tesouro e Or�amento, Bruno Funchal, e do secret�rio do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, � uma sinaliza��o clara de que ambos consideram que os fundamentos da economia est�o sendo quebrados no Pa�s, avalia o secret�rio da Fazenda e Planejamento do Estado de S�o Paulo e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

"� um significado claro de que consideram que se est� usando expedientes para quebrar os fundamentos da economia", disse Meirelles, participante de painel no 20� F�rum Empresarial Lide na manh� desta sexta-feira, 22.

Ap�s manobras do governo para burlar o teto dos gastos e viabilizar o pagamento de R$ 400 bilh�es de aux�lio em 2022, Funchal e Bittencourt pediram exonera��o dos cargos na noite de quinta-feira, 21. Os adjuntos deles tamb�m sa�ram.

Para Meirelles, o teto de gastos foi a principal medida para ordenar o desarranjo fiscal criado ao longo do governo Dilma Rousseff e as discuss�es sobre a sua flexibiliza��o indicam o desejo de se eliminar a regra. "Tem a discuss�o de que o teto poderia ser aperfei�oado, mas 'aperfei�oado' � arrumar flexibilidade para o teto. Mas a fun��o do teto � ser inflex�vel, para n�o dar margem", afirmou.

Segundo ele, a defesa de se mudar o indexador da regra fiscal equivale a enfraquecer e driblar a �ncora, porque adapta o teto a conting�ncias do momento.

Nesta quinta-feira, 21, a comiss�o especial da C�mara dos Deputados aprovou uma proposta, no �mbito da PEC dos precat�rios, para alterar o indexador do teto dos gastos, em uma medida que pode abrir R$ 40 bilh�es de espa�o para gastos no ano que vem. Pelo texto, a regra passa ser atualizada pelo IPCA acumulado no fim do ano, e n�o pela infla��o em 12 meses at� junho, como antes.

Infla��o

O secret�rio da Fazenda e Planejamento do Estado de S�o Paulo e ex-ministro da Fazenda afirmou ainda que a quest�o inflacion�ria do Brasil parte tanto da atua��o do Banco Central (BC), quanto da administra��o da pol�tica fiscal. "Eu nos meus oito anos de Banco Central vivi uma gest�o fiscal respons�vel, austera, e outra gest�o fiscal expansionista. � completamente diferente o trabalho do Banco Central, porque voc� enfrenta um duplo desafio", disse Meirelles, que presidiu a autarquia de 2003 a 2011.

Segundo Meirelles, a institui��o do teto dos gastos durante a sua gest�o do Minist�rio da Fazenda, em 2016, teve um efeito direto de reduzir a infla��o e os juros. "O fato concreto � que a parte fiscal e o respeito ao teto foram fundamentais para a queda da infla��o", afirmou.


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