(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Infla��o eleva chance de alta de juros pelo mundo


22/10/2021 17:00

A persist�ncia da infla��o no mundo, em meio aos efeitos da reabertura econ�mica p�s-crise que parecem longe de terminar, tem levado a previs�es de aperto monet�rio mais r�pido nos pa�ses desenvolvidos.

O caso mais not�vel � o do Reino Unido: o mercado espera que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em ingl�s) eleve a taxa b�sica de juros j� em novembro. Segundo analistas, o Banco do Canad� (BoC, na sigla em ingl�s) e, at� mesmo, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tamb�m podem antecipar a mudan�a de postura com rela��o aos est�mulos � economia.

O estopim para a disparada na alta de juros no Reino Unido veio com uma declara��o do presidente do BoE, Andrew Bailey. Durante um semin�rio anual do G30, realizado no domingo, o dirigente disse que a institui��o "ter� de agir" se houver riscos para a infla��o no m�dio prazo. O sinal de preocupa��o com o aumento dos pre�os foi interpretado como uma indica��o de que a autoridade monet�ria pode se ver obrigada a elevar os juros para evitar uma desancoragem das expectativas inflacion�rias.

Nos �ltimos meses, sempre que aparecia em algum evento ou fazia algum discurso, Bailey vinha repetindo que a pol�tica monet�ria, em tese, n�o reage a choques de oferta, como os que afetam o mundo no momento. A eleva��o da taxa de juros deveria ocorrer quando a economia est� superaquecida, com demanda em excesso. Nesse caso, o aperto monet�rio seria necess�rio para evitar um descontrole da infla��o e n�o geraria impacto significativo no crescimento.

� por isso que a maioria dos bancos centrais classifica a infla��o atual como "transit�ria". De acordo com essa defini��o, os pre�os devem desacelerar assim que as restri��es na oferta forem resolvidas. O problema � que, se isso demorar muito, na vis�o de alguns economistas, a alta da infla��o causada pelo choque de oferta pode ser incorporada nas expectativas das empresas e das fam�lias, que poderiam passar a esperar pre�os cada vez mais altos. Isso levaria a uma "espiral" inflacion�ria.

Os gargalos nas cadeias produtivas globais t�m piorado, diferentemente do que se previa, com escassez de diversos itens usados na ind�stria, como os chips semicondutores. Esse cen�rio, por sua vez, tem elevado as proje��es de infla��o e reduzido as de crescimento econ�mico. Al�m disso, o mundo vive uma crise energ�tica, tamb�m ligada a restri��es de oferta e que gera alta nos pre�os do petr�leo e do g�s natural, aumenta o custo da eletricidade e alimenta ainda mais a infla��o.

Tr�s dias depois da declara��o de Bailey, foi divulgado o �ndice de pre�os ao consumidor (CPI, na sigla em ingl�s) do Reino Unido. O indicador ficou em 3,1% em setembro, no acumulado em 12 meses, abaixo da estimativa de 3,2% do mercado. Mesmo assim, analistas dizem que esse aparente "freio" na infla��o brit�nica n�o deve durar.

A��o r�pida

"A infla��o geral de setembro caiu devido aos efeitos de base, mas provavelmente aumentar� novamente nos pr�ximos meses e atingir� um pico de cerca de 4% no final do ano", diz o economista David Alexander Meier, do Julius Baer. O banco su��o avalia que o BoE deve "agir mais cedo" contra os riscos de que a alta inflacion�ria se torne mais permanente.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)