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Estado de Minas ECONOMIA

Greve dos tanqueiros � suspensa ap�s deixar postos sem combust�vel em MG


22/10/2021 20:11

Depois de provocar filas em postos de gasolina e deixar bombas de abastecimento vazias no estado de Minas Gerais, a greve dos tanqueiros, motoristas que transportam combust�vel, foi encerrada na tarde desta sexta-feira, 22, um dia ap�s ser iniciada. A suspens�o foi anunciada pelo presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combust�veis e Derivados de Petr�leo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque), Irani Gomes. Houve paralisa��o tamb�m no Rio de Janeiro, com menos ades�o. Em S�o Paulo, a mobiliza��o tamb�m foi anunciada, mas n�o ganhou corpo.

Segundo Gomes, houve um acordo com as distribuidoras para encerrar a greve. O movimento, no entanto, pode ser retomado no dia 1� de novembro, para quando estava prevista uma mobiliza��o mais ampla, que foi antecipada em Minas. "Ap�s a sensibilidade das distribuidoras, junto �s transportadoras de combust�veis do estado de Minas Gerais, resolvemos suspender a paralisa��o. Mas ainda aguardamos uma posi��o do governo", disse, em v�deo, na p�gina do sindicato em rede social.

Os tanqueiros reivindicam redu��o das al�quotas do Imposto Sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS), um tributo estadual, sobre o pre�o do combust�vel. Segundo Gomes, a luta � pela redu��o da al�quota atual de 15% sobre o diesel para 12%, como era praticado no estado at� 2011.

Quando o sindicalista fez o an�ncio da suspens�o da greve, parte dos caminh�es j� havia voltado a trabalhar em Betim, regi�o metropolitana de Belo Horizonte. �s 16 horas, o Sindicato do Com�rcio Varejista de Derivados de Petr�leo de Minas Gerais (Minaspetro) informou que os caminh�es voltaram a carregar combust�vel e a situa��o do abastecimento no estado estaria normalizada em algumas horas.

Desde a noite de quinta, 21, filas se formaram nos postos de Belo Horizonte e regi�o metropolitana. Alguns postos elevaram o pre�o da gasolina, que chegou a custar quase R$ 7 o litro. Durante a madrugada, a Pol�cia Militar montou um gabinete de crise para acompanhar a paralisa��o. Foram disponibilizadas escoltas para os caminhoneiros que decidiram continuar trabalhando. Mesmo assim, muitos postos ficaram sem gasolina, embora tivessem etanol.

Na manh� desta sexta, motoristas relataram dificuldade para abastecer nos postos instalados ao longo da MG-010. Gerentes de postos atribu�ram a escassez � corrida de motoristas para encher o tanque. Na regi�o metropolitana, ao longo da rodovia Fern�o Dias, alguns postos chegaram a fechar devido � falta de combust�vel. Em alguns estabelecimentos, os caminh�es-tanque encostaram, mas n�o fizeram descarga do combust�vel. Segundo o Sindtanque, cerca de 800 caminh�es pararam na regi�o metropolitana. N�o houve interdi��o de rodovias.

No Rio de Janeiro, em Duque de Caxias, desde a noite de quinta, os caminhoneiros se posicionaram nos acessos �s unidades de Campos El�seos que abastecem as principais distribuidoras. Por seguran�a, as bases fecharam os port�es. A Pol�cia Militar informou que o bloqueio foi realizado de forma pac�fica. N�o houve pris�es. Segundo o Sindicato do Com�rcio Varejista de Combust�veis, alguns postos fecharam as lojas de conveni�ncia temendo depreda��es.

A greve tamb�m foi encerrada no Rio, informou o presidente da Associa��o das Empresas Transportadoras de Combust�veis e Derivados do Petr�leo do Rio de Janeiro (Associtanque-RJ), Ailton Gomes. Ele estima que entre 1,2 mil e 1,5 mil ve�culos tanqueiros teriam deixado de circular na regi�o Sudeste por causa da paralisa��o.

Em S�o Paulo, apesar de o presidente do Sindtanque paulista, Sandro Gon�alves, anunciar a ades�o � greve, n�o houve registro de paralisa��es. Um comboio de caminh�es se posicionou pr�ximo ao acesso da Refinaria Planalto (Replan), em Paul�nia, mas o movimento foi considerado normal. As concession�rias das principais rodovias, como Sistema Anhanguera-Bandeirantes, Via Dutra e R�gis Bittencourt, informaram n�o terem sido registrados movimentos de caminhoneiros nesta sexta.

O governo de Minas Gerais informou que os �ltimos reajustes nos pre�os dos combust�veis n�o se devem ao ICMS cobrado pelos estados, mas � pol�tica de pre�os da Petrobr�s. Em nota, a Petrobr�s informou que a paralisa��o n�o trouxe impacto em suas unidades operacionais.

Nova paralisa��o

A decis�o de iniciar a greve foi tomada pelos tanqueiros, embora j� houvesse um movimento mais amplo programado para o dia 1� de novembro, envolvendo a Confedera��o Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Log�stica (CNTTL), Conselho Nacional do Transporte Rodovi�rio de Cargas (CNTRC) e Associa��o Brasileira de Condutores de Ve�culos Automotores (Abrava), al�m das associa��es de caminh�es-tanque.

Na tentativa de evitar a greve em novembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu um aux�lio aos 750 mil transportadores de derivados de petr�leo para compensar a alta do �leo diesel. O presidente n�o deu detalhes sobre a medida, nem informou a fonte dos recursos que ir�o bancar o aux�lio.


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