Selic no fim de 2021 sobe de 8,25% para 8,75% ao ano, aponta Focus

Depois das manobras propostas pelo governo no teto de gastos para bancar o aumento do Bolsa Fam�lia a R$ 400, as institui��es passaram a prever acelera��o no ritmo de alta da Selic (a taxa b�sica da economia) e n�veis mais altos no fim de 2021 e 2022, segundo o Relat�rio de Mercado Focus, prevendo uma deteriora��o econ�mica devido � perda de credibilidade da �ncora fiscal.

Para este ano, a estimativa subiu de 8,25% para 8,75%, o que sup�e uma acelera��o no passo de alta de juros, at� setembro em 1 ponto porcentual, ainda este ano. H� um m�s, a mediana era de 8,25%. J� a estimativa para o fim de 2022 passou de 8,75% para 9,50%, uma das mudan�as mais bruscas da hist�ria da pesquisa de uma semana para a outra. H� quatro semanas, estava em 8,50%.

Considerando apenas as 97 respostas nos �ltimos cinco dias �teis, a expectativa para a Selic no fim de 2021 passou de 8,25% para 8,75%. J� para 2022, a mediana passou de 8,88% para 9,75%, considerando as 96 atualiza��es dos �ltimos cinco dias �teis.

A estimativa para a taxa Selic no fim de 2023 passou de 6,50% para 7,00%, de 6,75% h� quatro semanas. Para 2024, continuou em 6,50%, como h� um m�s.

Em setembro, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) subiu pela quinta vez consecutiva a Selic e manteve o ritmo ao elev�-la em 1,00 ponto porcentual, para 6,25% ao ano. Ao mesmo tempo, o colegiado sinalizou um novo aumento de mesma magnitude para a pr�xima reuni�o, nos dias 26 e 27 de outubro.

Ap�s as primeiras sinaliza��es do governo de flexibiliza��o fiscal e antes do in�cio do per�odo de sil�ncio, o diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central, Fabio Kanczuk sinalizou que um maior risco fiscal significaria uma pol�tica monet�ria mais apertada. Tamb�m disse que o BC avaliaria, como fez no Copom anterior, se o n�vel final de juros seria suficiente para converg�ncia da infla��o � meta em 2022 ou se seria necess�rio aumentar o ritmo de alta tamb�m.