O relator do projeto que abre caminho para a venda dos Correios na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado, Marcio Bittar (MDB-AC), apresentou nesta ter�a-feira, 26, seu parecer sobre a proposta, sem sugest�es de mudan�a em rela��o ao texto aprovado pela C�mara. A inten��o do senador de manter o relat�rio chancelado pelos deputados em agosto foi antecipada pelo Broadcast Pol�tico, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado.
"A leitura do relat�rio deixa clara minha compreens�o e meu voto favor�vel para que o Brasil pense em primeiro lugar no interesse nacional. E para mim est� claro que o interesse nacional em salvar a empresa est� em promover a desestatiza��o. Sob pena de n�o realizarmos essa opera��o agora e v�-la ao longo dos anos perder cada vez mais o interesse do setor privado", afirmou Bittar ap�s a leitura do relat�rio na CAE, que ainda votar� a mat�ria.
Depois da vota��o na CAE, o projeto seguir� para aprecia��o do plen�rio da Casa. Se for aprovada no Senado sem altera��es em rela��o ao texto da C�mara, a proposta poder� seguir direto para a san��o do presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro.
O governo precisa do aval do Congresso para leiloar 100% da estatal no pr�ximo ano. O plano � realizar o certame no primeiro semestre de 2022.
Com o parecer nas m�os de Bittar, o Planalto repete o alinhamento que teve com o relator do PL na C�mara, deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA). Mas, diferente da C�mara, o clima no Senado n�o � t�o receptivo � venda dos Correios.
Para justificar a privatiza��o dos Correios, que tem mais de 90 mil empregados e foi criada em 1969, o governo afirma que h� uma incerteza quanto � autossufici�ncia e capacidade de investimentos futuros da companhia. Na avalia��o do Executivo, a necessidade de investimentos de R$ 2 bilh�es por ano na estatal justifica a venda.
"O projeto deve ser percebido como uma proposta de equil�brio t�nue entre a migra��o para um cen�rio de maior robustez institucional e de contratualiza��o das condi��es de presta��o de servi�os postais b�sicos em todo o Pa�s, por meio de uma empresa privada com melhores condi��es de investir, e a perman�ncia do status quo, com uma empresa p�blica deficit�ria e cujas condi��es de competir e agregar valor para a sociedade continuar�o se deteriorando", afirmou Bittar no relat�rio.
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